Padre Antoniy Vatseba, padre missionário e superior provincial do Instituto do Verbo Encarnado (IVE) na Ucrânia, disse que quatro palavras poderiam ser muito importantes para alcançar a paz no país. “Sabemos que a única solução para a guerra é a paz. Mas, para chegar a essa paz, acho que temos que dar vários passos”, afirmou em entrevista a EWTN.

“Primeiro de tudo, reconheça a verdade e busque a verdade. Porque todos os conflitos acontecem, sobretudo, por desconhecimento da verdade. Esse é o primeiro passo”, disse.

"Segundo passo: devemos seguir esta verdade com justiça, arrependimento e perdão", acrescentou.

"Portanto, essas quatro palavras, eu acho, podem levar à paz: reconhecer a verdade, seguir a justiça, arrependimento e perdão", disse.

O padre Vatseba, que mora em Vinnytsia, cerca de quatro horas de carro a sudoeste de Kiev, disse que por causa da guerra na Ucrânia estão "passando por momentos difíceis. “Mas, pela graça de Deus, sentimos o apoio de muitas pessoas que rezam pela Ucrânia, que rezam por nós”.

"Por isso, vamos em frente com esperança, caridade e fé", declarou.

“Neste tempo de guerra em que vivemos, no domingo procuramos organizar nossa paróquia como fazíamos antes da guerra. Obviamente, talvez as pessoas que nos ouvem de fora não podem entender isso: como é possível que estejam em guerra e vivam uma vida normal? Mas como a guerra já dura mais de meio ano, não podemos parar tudo. A vida não para, a vida segue em frente”, disse.

“Obviamente não podemos realizar o plano pastoral completo como antes da guerra, mas fazemos o que podemos”, disse.

“A única resposta para a guerra é a caridade”

O padre afirmou que, “para nós crentes, também os padres, a única resposta à guerra é a caridade. A caridade para com as pessoas, para com o próximo, também o amor para com o Senhor”.

“Também no caso dos militares que agora defendem a nossa pátria, nesta guerra injusta e cruel, procuramos sempre ensinar às pessoas que também nestes tempos de tamanha crueldade, neste tempo de guerra, devemos dar as respostas da caridade; e também defender a pátria com caridade, e por caridade”. "Não por inveja, não por raiva, não por ódio, mas apenas por caridade", ressaltou.

Vatseba lembrou ainda que Nossa Senhora de Fátima, “há 105 anos”, pediu “para rezar pela conversão dos russos. E procuramos responder". "Nós sacerdotes e também os fiéis procuramos responder a este pedido de Nossa Senhora, de rezar pela paz, pela conversão da Rússia", disse.

“Sentimos um apoio muito forte de toda a Igreja Católica”

O padre ressaltou que, em meio à guerra, “sentimos um apoio muito forte de toda a Igreja Católica. Sobretudo, a Cáritas nos ajuda”.

“Temos duas fundações Cáritas na Ucrânia: Cáritas Ucrânia, a Cáaritas fundada pela Igreja Greco-Católica da Ucrânia, e também temos Caritas Spes, (fundada) pela Igreja de rito latino, a Igreja Católica Romana”.

“Além disso, várias fundações católicas no exterior nos ajudam”, disse.

Vatseba destacou que "não nos falta a ajuda de nossos irmãos do Verbo Encarnado de todo o mundo".

“Portanto, verdadeiramente Deus, por meio da Igreja, por meio de nossos amigos, nos ajuda neste momento. E por isso devemos ser muito gratos", declarou.

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