O Vaticano devolveu três múmias pré-hispânicas ao Peru na segunda-feira (17). As múmias foram cedidas para a Exposição Vaticana Universal de 1925 e, desde então, foram mantidas no Museu Etnológico Anima Mundi do Vaticano.

A repatriação das múmias foi oficializada com a assinatura de um acordo pelo presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, cardeal Fernando Vergéz, e pelo ministro das Relações Exteriores do Peru, César Landa.

“Graças à boa disposição do Vaticano e do papa Francisco, foi possível concretizar a devolução, como corresponde. Vim assinar essa ata. Nas próximas semanas chegarão a Lima”, disse o chanceler peruano à imprensa local.

Segundo o serviço de inforamação da Santa Sé, Vatican News, os Museus Vaticanos investigarão os restos ósseos para determinar seu período de origem. No entanto, o que se sabe até agora é que as múmias foram encontradas a 3 mil metros de altura nos Andes peruanos, no rio Ucayali.

“É valorizado o sentimento compartilhado com o papa Francisco de que essas múmias, mais do que objetos, são seres humanos. Restos humanos que devem ser enterrados com dignidade no local de onde provêm, ou seja, no Peru”, disse Landa.

No Vaticano, o chanceler peruano se reuniu com o papa Francisco e, em seguida, com o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, e com o secretário para as Relações com os Estados, cardeal Paul Richard Gallagher.

Sobre o Museu Etnológico Anima Mundi

Segundo o Vaticano, seu Museu Etnológico possui atualmente mais de 80 mil objetos e obras de arte.

A coleção, diz seu site oficial, resguarda “milhares de restos pré-históricos de todo o mundo, com mais de dois milhões de anos; os presentes recebidos pelo atual papa; os testemunhos das grandes tradições espirituais asiáticas, das civilizações pré-colombianas e do islã; as produções dos povos africanos e dos habitantes da Oceania e da Austrália, bem como as das populações indígenas da América”.

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