Um homem destruiu, na manhã de ontem (29), as imagens do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria no santuário arquidiocesano da Saúde e da Paz, conhecido como igreja de Padre Eustáquio, em Belo Horizonte (MG). Segundo o santuário, acredita-se que tenha sido “um possível surto psicótico”. O indivíduo foi encaminhado à delegacia.

Segundo informou o santuário, o homem, de 47 anos, estava aparentemente rezando na igreja por volta das 11h. De repente, ele levantou e caminhou até a imagem do Sagrado Coração de Jesus e a jogou no chão. Em seguida, fez o mesmo com a imagem do Imaculado Coração de Maria.

A polícia foi acionada. Cerca de 15 pessoas que estavam na igreja conseguiram segurar o homem até a chegada dos policiais. Ao G1, o sargento Hamilton Gangana, do 34º Batalhão, disse que o homem não esboçou reação. O indivíduo contou que se sentiu mal e apoiou nas imagens, que caíram. Mas, as obras ficam em lados opostos do altar.

O indivíduo foi conduzido à delegacia, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pela prática de vilipêndio e foi apresentado à autoridade judicial para a audiência.

O santuário de Padre Eustáquio afirmou em seu site que, “a princípio, não se acredita em intolerância religiosa e sim a um possível surto psicótico que o homem tenha tido”.

“É importante destacar que não haja, entre os devotos, nenhum sentimento de raiva, de vingança, de violência. Os sentimentos devem ser de paz, de harmonia. As imagens tem um valor simbólico e religioso, mas vão ser recuperadas. Ele deve ser tratado como um irmão, com amor”, disse o reitor do santuário, padre Vinícius Maciel.

As imagens foram recolhidas e devem passar por processo de restauração.

Essas mesmas imagens sofreram um ataque em março de 2019. Na época, elas ficavam próximas à porta de entrada. Um homem com uma barra de ferro quebrou a porta e danificou as imagens. Este ato foi classificado pelos fiéis como intolerância religiosa. O suspeito não chegou a ser identificado.

As imagens, então, foram encaminhadas para São Paulo (SP), onde ficaram um ano e meio em restauração. Após serem devolvidas para a igreja, em 2020, foram colocadas próximas ao altar, por acreditarem que seria mais seguro.

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