A Conferência Episcopal Italiana (CEI) pediu aos eleitos na eleição italiana de domingo passado (25) "que cumpram seu mandato como 'alta responsabilidade', a serviço de todos, começando pelos mais frágeis e desprotegidos".

O presidente da CEI, cardeal Matteo Zuppi, lamentou "com preocupação a crescente abstenção" que atingiu "níveis sem precedentes".

“É um sintoma de um mal-estar que não pode ser descartado superficialmente e que deve ser ouvido. Por isso, renovamos com maior convicção o convite a 'ser protagonistas do futuro', sabendo que é necessário reconstruir um tecido de relações humanas, do qual nem mesmo a política pode prescindir", disse o cardeal italiano.

O cardeal Zuppi recordou o apelo lançado pelo Conselho Episcopal Permanente antes das eleições em que os principais desafios da sociedade italiana foram apontados, como "o aumento constante e preocupante da pobreza, o inverno demográfico, a proteção dos mais velhos, os abismos entre os territórios , a transição ecológica e a crise energética, a defesa do emprego, especialmente para os jovens, o acolhimento, a proteção, a promoção e a integração dos migrantes, a superação da burocracia, as reformas da expressão democrática do Estado e a lei eleitoral”.

Por isso, o presidente da conferência dos bispos italianos pediu "aos eleitos que cumpram o seu mandato como uma 'alta responsabilidade', a serviço de todos, começando pelos mais frágeis e desprotegidos".

“A Igreja, como já foi reiterado, 'continuará a apontar, severamente se necessário, o bem comum e não o interesse próprio, a defesa dos direitos invioláveis ​​do indivíduo e da comunidade'. Por sua vez, respeitando a dinâmica democrática e a distinção de papéis, não deixará de contribuir para a promoção de uma sociedade mais justa”, escreveu o cardeal Zuppi.

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