A Nicarágua impediu o padre Guillermo Blandón católico de voltar ao país depois de uma viagem a Israel. A Igreja vem sendo vítima de perseguição pelo regime do presidente Daniel Ortega, ex-guerrilheiro de esquerda que soma 29 anos no poder.

A paróquia Santa Lucía-Boaco, da diocese de Granada, informou ontem (27) que “o governo nicaraguense negou ao nosso pároco, padre, a reentrada em seu país”.

“Pedimos suas orações para que Deus proteja nossos bispos, padres e sua Igreja. Muito obrigado por suas orações. Deus os abençoe”, disse a paróquia em sua página no Facebook.

Padre Blandón é o segundo padre a ser impedido de entrar na Nicarágua este mês.

Em 11 de setembro, o jornal La Prensa relatou que o Escritório de Imigração e Estrangeiros da Nicarágua impediu o padre Juan de Dios García, vigário da Paróquia  de Santo Cristo das Colinas, de retornar ao país depois de ter viajado aos EUA.

Em 19 de agosto, a polícia prendeu dom Rolando Álvarez, bispo de Matagalpa, que foi levado para Manágua, onde permanece em prisão domiciliar. Junto com o bispo foram presos os padres Ramiro Tijerino, José Luis Diaz, Sadiel Eugarrios e Raúl González, os seminaristas Darvin Leyva e Melquín Sequeira, e o cinegrafista Sergio Cárdenas. Todos foram levador para a prisão de El Chipote, em Manágua, famosa como centro de tortura dos adversários do regime sandinista no poder na Nicarágua. Lá também está preso o padre Oscar Benavidez, da diocese de Siuna.

Em 15 de setembro, o Parlamento Europeu aprovou por 538 votos a favor e 16 contra, uma resolução exigindo a libertação do bispo.

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