O arcebispo de Bolonha, Matteo cardeal Zuppi, lamentou, na qualidade de presidente da Conferência Episcopal Italiana, a morte da freira Maria De Coppi, aos 84 anos, em um ataque de radicais muçulmanos em Moçambique na terça-feira (6).

“Expresso as minhas profundas condolências às Irmãs Missionárias Combonianas e à diocese de Vittorio Veneto pela morte da irmã Maria De Coppi, morta num atentado terrorista em Chipene, Moçambique”, disse Zuppi.

“Lamentamos outra irmã que com simplicidade, dedicação e silêncio ofereceu sua vida por amor ao Evangelho”, disse o cardeal sobre a irmã Luisa Dell'Orto, morta em 25 de junho no Haiti.

Zuppi exortou a rezar pela irmã Maria De Coppi, que "durante 70 anos serviu Moçambique, que se tornou a sua casa".

"Que seu sacrifício seja uma semente de paz e reconciliação em uma terra que, após anos de estabilidade, volta a ser assolada pela violência, causada por grupos islâmicos que passaram anos semeando terror e morte em grandes áreas do norte do país", lamentou Zuppi.

“O meu pensamento, em nome das igrejas da Itália, vai para os familiares e irmãs combonianas, para o padre Lorenzo e padre Loris e para todos os missionários que permanecem em tantos países para testemunhar o amor e a esperança”, disse o cardeal. “Lembremo-nos deles em nossas orações e os cerquemos de solidariedade porque eles caminham conosco e nos ajudam a chegar às periferias a partir das quais podemos entender quem somos e escolher como ser discípulos de Jesus”.

A freira italiana Maria De Coppi, de 84 anos, foi morta em Moçambique em um ataque terrorista supostamente por radicais muçulmanos.

O ataque ocorreu na noite de terça-feira (6), em Chipene, Moçambique. Irmã Maria De Coppi nasceu em Vittorio Veneto, Itália, e estava em missão na África desde 1963.

Os terroristas invadiram e queimaram a missão de Chipene, onde as religiosas acolhiam os deslocados que fugiam de grupos terroristas islâmicos. A irmã Maria De Coppi recebeu um tiro na cabeça e morreu na hora e as outras irmãs e dois missionários de Vêneto, Itália, padre Lorenzo Barro e padre Loris Vignadel, conseguiram escapar.

Segundo a ACN, o crescimento e concentração de organizações criminosas, a radicalização islâmica desde outubro de 2017 representam as maiores ameaças à população, especialmente na província de Cabo Delgado, no norte do país. 

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