“Eu penso ir. Vai Francisco ou João XXIV. Mas o papa vai”, disse o papa Francisco em entrevista à TVI/CNN Portugal sobre a participação dele na Jornada Mundial da Juventude, (JMJ) que acontecerá de 1º a 6 de agosto de 2023, em Lisboa. A entrevista vai ao ar hoje (5).

Em meio aos rumores de uma possível renúncia ao pontificado e respondendo a expectativa dos portugueses para sua presença na JMJ, Francisco declarou: “Seja o que Deus quiser”.

As especulações sobre a renúncia de papa Francisco se intensificaram nos últimos meses com a viagem que fez a L’Aquila, na Itália, em 28 de agosto. Em L’Aquila está enterrado o papa Celestino V, primeiro papa que renunciou ao pontificado em 1294. Anos antes de renunciar em 2013, o papa Bento XVI visitou o túmulo de Celestino V e colocou seu pálio sobre o túmulo dele. Em Áquila, Francisco elogiou a humildade de são Celestino V por renunciar ao cargo.

Outro fato que alimentou os rumores de renúncia foi o consistório para a criação de 20 novos cardeais em 27 de agosto e o consistório extraordinário para discutir a reforma da cúria romana nos dias 29 e 30 de agosto.

Em julho, em uma entrevista à Univisión e Televisa, Francisco disse que não tem “nenhum intenção de renunciar, não por enquanto”. “Nunca pensei em renunciar até hoje, e o exemplo que o papa Bento nos deu é tão grande, que se vejo que não posso ou que faço mal ou sou um obstáculo, espero que a força desse exemplo me ajude a tomar a decisão”, disse.

O nome que Francisco sugeriu que o próximo papa terá, João XXIV, é significativo. João XXIII, canonoziado por Francisco no mesmo dia em que são joão Paulo iI foi canonizado, foi o papa que convocou o Concílio Vaticano II, cuja defesa contra o que vê como críticas e resitência o papa Francisco vem assumindo mais enfaticamente.

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