A Conferência Cubana de Religiosos e Religiosas (CONCUR) enviou mensagem de solidariedade aos cidadãos que sofreram perseguição ou foram presos pela ditadura cubana durante os protestos da semana passada no município de Nuevitas, Camagüey.

“Como vida religiosa chamada a estar junto com o povo sofredor, fazemos nosso o grito das multidões em diferentes comunidades do país e mais recentemente em Nuevitas, Camagüey exigindo uma resposta às suas necessidades básicas e seu desejo de poder se expressar em liberdade”, disse a CONCUR em nota divulgada no sábado (27).

"Lamentamos que a perseguição e a prisão sejam a única resposta que receberam", diz a nota.

Desde sexta-feira (19), o governo cubano reprimiu os protestos em massa contra os constantes apagões, de até 18 horas por dia, que a cidade sofre há várias semanas.

Alguns vídeos publicados nas redes sociais mostram várias pessoas nas ruas com lanternas, telefones celulares e panelas protestando contra o regime de Miguel Díaz-Canel e exigindo o restabelecimento da eletricidade.

A ONG Justiça 11J publicou nas redes sociais que entre os dias 23 e 24 de agosto ocorreram "desaparecimentos forçados, prisões e novos eventos de censura e repressão".

“Nossos números chegam a 18 presos (incluindo duas meninas de 11 anos) mais dois novos desaparecimentos forçados. Ao publicar esta atualização, o parque de Nuevitas está completamente militarizado”, informou a ONG em 24 de agosto.

A CONCUR disse na nota: “oferecemo-nos mais uma vez para acompanhar as pessoas detidas e suas famílias”.

“Pedimos ao bom Deus, Pai de todos e à Virgem da Caridade que proteja e guie todo o nosso povo pelos caminhos da liberdade, justiça e paz”, concluiu.

A mídia independente da ilha destaca que os protestos em Camagüey são os maiores desde 11 de julho (#11J).

Confira também: