A conferência dos bispos da região da Puglia, Itália, defendeu condenou a proposta de lei "Cuidados de Saúde para uma Morte Serena e Indolor de Pacientes Terminais" que está sendo discutido no Conselho Regional da Puglia para legalizar eutanásia. O doente "deve ser defendido, acolhido, assistido e acompanhado", disse a conferência.

Em um comunicado oficial a conferência episcopal disse que "todo cidadão tem, acima dos vários ius (direito, em latim) que lhe são garantidos, o que se resume no ius vitae (direito à vida), ou seja, proteção contra todos os ataques contra ele e a garantia de que a comunidade o tratará, sem recorrer a fórmulas parciais quando não o fizer”.

A nota adverte: “acreditamos que qualquer tentativa de atingir o objetivo mencionado, sem ter colocado as devidas garantias de assistência e ajuda, não é consistente com o respeito pela pessoa”.

"Sem prejuízo de que o doente, seja qual for o estado da sua patologia, deva ser colocado no centro para ser defendido, acolhido, assistido e acompanhado, constatamos, infelizmente, que os cuidados paliativos e sedação da dor, necessidades inevitáveis ​​que deveriam estar disponíveis no ambiente hospitalar, territorial e domiciliar, ainda não são tão difundidas”, diz o comunicado da conferência episcopal.

A Lei 38 de 2010 adotou na Itália “um quadro orgânico de princípios e disposições regulamentares para garantir uma assistência adequada e qualificada no domínio dos cuidados paliativos e da terapia da dor, ao doente e à sua família”.

“Doze anos depois não são aplicados em todo o país; Até agora, nem mesmo os padrões mínimos foram alcançados nos níveis macrorregional e nacional.”

“Estamos muito conscientes da sensibilidade e delicadeza do tema, que é de dramática relevância e, por tratar da sacralidade da vida, exige uma atuação cuidadosa do poder legislativo, em um amplo debate parlamentar que represente o país e as necessidades de seus cidadãos, livre de lógica partidária e instrumentalização possível”, concluiu a Conferência Episcopal da Puglia.

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