O subsecretário do Sínodo dos Bispos, o espanhol dom Luis Marín de San Martín, atacou aqueles que criticam o Sínodo sobre a Sinodalidade que está em sua fase diocesana e se realizará em outubro de 2023 no Vaticano. “Se não somos uma comunidade de amor, nos tornamos agressivos bandos sectários ou individualidades egoístas”, disse San Martín.

O Sínodo dos Bispos, que terá como tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”, acontecerá em outubro de 2023 no Vaticano.

A preparação para o Sínodo tem três fases: diocesana, continental e da Igreja Universal. Na primeira, cada diocese do mundo ouviu propostas e sugestões. Em seguida essas sugestões, consolidadas pelas conferências episcopais nacionais, serão enviadas à Santa Sé.

A última fase acontecerá quando a secretaria geral do Sínodo enviar aos participantes da assembleia sinodal, que se reunirá no Vaticano em outubro de 2023, um texto para debate, baseado no que foi recebido do mundo todo.

Na conclusão de seus debates, os padres sinodais apresentarão um documento final ao papa Francisco. O papa pode, então, publicar uma Exortação Apostólica pós-sinodal.

Várias propostas polêmicas têm sido feitas na fase diocesana do sínodo e gerado críticas. O rechaço às críticas feitas pelo subsecretário Luis Marín foi publicado na revista digital Ecclesia, da Conferência Episcopal Espanhola porque na Espanha foram feitas propostas de fim do celibato sacerdotal e ordenação de mulheres.

As arquidioceses de Barcelona e Saragoça propuseram a abolição do celibato sacerdotal e a ordenção de mulheres. A síntese final da fase diocesana do Sínodo da Sinodalidade, encerrada em 11 de junho pela Conferência Episcopal Espanhola, diz: "embora sejam questões levantadas apenas em algumas dioceses e, nelas, por um número reduzido de grupos ou indivíduos, achamos conveniente incorporar nesta síntese, pela sua relevância no imprescindível diálogo eclesial e com os nossos concidadãos, o pedido que formulam sobre a necessidade de discernir com maior profundidade a questão do celibato facultativo no caso dos sacerdotes e da ordenação de casados; em menor medida, surgiu também o tema da ordenação de mulheres”.

O subsecretário do Sínodo disse em seu artigo: “Alguns podem insistir na irrelevância do processo sinodal. Outros em seu perigo. Alguns outros em sua ineficácia. Uma mentira repetida várias vezes não se torna verdade”. Para ele, o Sínodo da Sinodalidade é "uma possibilidade que Deus nos oferece. Não devemos encorajar caricaturas ou banalizar algo sério".

Em sua opinião, “a soberba e a dureza de coração podem frustrar a ação divina, que não é imposta, mas proposta. Esta oferta de graça deve ser recebida com humildade e gratidão, com disponibilidade”.

“Para aqueles que olham com desconfiança, para aqueles que se limitam a criticar a partir de seus pontos de vista ideologizados, para aqueles que sempre veem o copo meio vazio, para aqueles que têm medo de deixar suas seguranças, digo de coração: participem, dialoguem, tragam luz, não escuridão”, disse dom Luis Marín de San Martín.

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