O papa Francisco exortou os líderes do governo do Sri Lanka, país afetado por uma grave crise social e econômica, a não ignorar “o clamor” dos pobres, no contexto dos protestos em massa no país asiático.

"Uno-me à dor do povo do Sri Lanka, que continua sofrendo os efeitos da instabilidade política e econômica", disse Francisco depois da oração do Ângelus Mariano de hoje (10) na Praça de São Pedro, no Vaticano.

“Juntamente com os bispos do país, renovo o meu apelo à paz e imploro às autoridades para não ignorarem o clamor dos pobres e as necessidades da população”, disse ele.

Hoje (10), o presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, anunciou que deixará o cargo esta semana, após meses de protestos no país em decorrência da grave crise econômica no país de mais de 20 milhões de habitantes, em sua maioria budista.

Ranil Wickremesinghe, primeiro-ministro, também ofereceu sua renúncia ao cargo.

A crise econômica do Sri Lanka é a pior em 70 anos, com uma série de escassez de combustível, alimentos e remédios.

Os protestos chegaram à residência do presidente Rajapaksa ontem (9), enquanto a casa do primeiro-ministro foi incendiada.

Os 15 bispos da Conferência Episcopal do Sri Lanka disseram num comunicado que “as pessoas sofrem sem poder cobrir suas necessidades básicas, como comida e combustível”.

No texto assinado pelo bispo de Kurunegala e presidente da conferência episcopal, dom Anthony Perera, destaca-se que "a crise política e econômica fez com que as pessoas sofressem injustamente" e que "os responsáveis ​​por esta horrenda crise ainda devem ser expostos".

Orações pela Líbia

Francisco também ofereceu suas sinceras orações pelo povo da Líbia.

“Desejo dirigir um pensamento especial à população da Líbia, em particular aos jovens e a todos aqueles que sofrem com os graves problemas sociais e econômicos do país”, disse Francisco após o Ângelus de hoje (10).

“Exorto todos a buscarem novamente soluções convincentes, com a ajuda da comunidade internacional, por meio do diálogo construtivo e da reconciliação nacional”, acrescentou o papa Francisco.

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