O padre Adriano Zandoná colabora com a Santa Sé em uma ação nas redes sociais para promover o Sínodo sobre a Sinodalidade de 2023. Ele foi escolhido pelo Dicastério para a Comunicação como sacerdote e influenciador digital representante da língua portuguesa para auxiliar na “ouvidoria” do Sínodo no ambiente digital, através de um questionário.

Padre Adriano Zandoná é missionário da Comunidade Canção Nova, tem livros publicados e gravou quatro CDs. Apresenta o programa ‘Pra ser feliz’, na TV Canção Nova. Nas redes sociais, compartilha com milhões de seguidores suas reflexões e o conteúdo de suas pregações e homilias. Também é conhecido por seu testemunho de conversão, desde o uso de drogas na adolescência até se tornar sacerdote.

Em 2018, durante o encontro PHN na Comunidade Canção Nova, Zandoná contou que fumou o primeiro cigarro de maconha aos 11 anos e, aos 13, conheceu a cocaína. Por causa das drogas, chegou a ser expulso do time de handebol do qual fazia parte e de uma escola. Também contou ter entrado em coma por causa das drogas. “Eu fui para o fundo do poço”, disse. Segundo ele, muitas vezes chegava em casa de madrugada e encontrava sua mãe rezando por ele. Converteu-se após um encontro na Igreja e, nesse processo de conversão, disse que contou muito com as músicas de padre Marcelo Rossi e as pregações de Dunga, então missionário da Canção Nova. Passado algum tempo, entrouo no seminário.

Em um vídeo divulgado ontem (5) em suas redes sociais, padre Zandoná disse que o papa Francisco “quer ouvir os cristãos católicos que estão no continente digital”, sobretudo os jovens. Segundo ele, o Dicastério da Comunicação tem escolhido um sacerdote, um influenciador digital de cada língua “para ser os ouvidos do papa, publicar uma pesquisa pela qual o papa quer ouvir aqueles que estão recendo a evangelização pela internet”.

“O papa quer ouvir você, quer ouvir o Brasil. Vamos mostrar para o mundo, vamos mostrar para o papa que nossa fé é forte, que, no Brasil, nós confiamos em Deus, que o catolicismo é vivo, que os jovens participam”, disse padre Zandoná.

O questionário está disponível nas contas do padre Zandoná no Facebook, Twitter e Instagram, @padreadrianozandona. Até a manhã de hoje (6), a pesquisa já contava com 1.271 respostas.

As perguntas são divididas em temas como: “Relação com a Igreja e a religião católica”, que aborda, por exemplo, o “encontro pessoal com Deus”, a prática a fé, qual o nível de compromisso e participação na Igreja, razões que afastam as pessoas da Igreja; “Ouvir/Diálogo” apresenta questões sobre escuta e diálogo com grupos sociais, sobre as opiniões religiosas e a transmissão das mensagens da Igreja por redes sociais, entre outros.

Há ainda perguntas sobre “Maneiras de caminhar juntos”, que questiona se a mensagem de Jesus inspira a pessoa e orienta suas decisões, quais atividades em que a Igreja deveria ser melhor, se a pessoa já foi convidada para participar da missão da Igreja e como foi a experiência e se ela fala de Jesus para as pessoas ao seu redor; e “Pensar – decidir juntos”, que pergunta se a pessoa é batizada, se acredita nos fundamentos da fé católica, se foi consultada por algum representante da Igreja no ano passado e se, nos contatos com a Igreja, a pessoa aprendeu na prática a ouvir, trabalhar em equipe e participar. Por fim, a seção “Algo mais sobre você” apresenta perguntas sobre dados pessoais.

A XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos tem como tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. O sínodo teve início em outubro de 2021, com a fase diocesana. Será encerrado em outubro de 2023, quando os bispos de todo mundo estarão reunidos em Roma com o papa Francisco.

A primeira, “fase diocesana”, nas paróquias e dioceses, termina em agosto deste ano. Atendendo a um pedido da Secretaria do Sínodo da Santa Sé, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) articulou a organização da Equipe Nacional de Animação, que deverá recolher contribuições das dioceses e produzir um material nacional.

A Equipe Nacional de Animação do Sínodo é composta por: dom Joel Portella Amado, secretário-geral da CNBB e bispo auxiliar do Rio de Janeiro; dom Ricardo Hoepers, bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB; o subsecretário adjunto-geral da CNBB, padre Dirceu de Oliveira Medeiros; o subsecretário adjunto de pastoral, padre Marcus Barbosa Guimarães; o assessor do setor Educação, padre Júlio César Resende; os secretários executivos de Regionais Sandra Zambon, padre Valdecir Badzinski e Luciano dos Santos; Mariana Venâncio, doutoranda em Estudos Literários pela UFJF e assessora da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética; e representantes da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), irmã Raquel Colleti, irmã Teresinha Del’Acqua e padre João da Silva Filho.

Em maio deste ano, a equipe publicou algumas orientações para as sínteses diocesanas, como formatação, estrutura e conteúdo do texto. Entre as orientações, a equipe recomenda “que a síntese seja tornada pública depois de elaborada, como pedra de toque para o percurso da diocese ao longo do caminho da sinodalidade”. As dioceses têm o prazo até 31 de julho para entregar suas sínteses diocesanas para a equipe nacional.

ACI Digital perguntou à CNBB se já havia recebido alguma síntese diocesana e se publicaria o material nacional produzido pela equipe de animação do sínodo. Até o fechamento desta matéria a CNBB não tinha respondido.

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