A Igreja na Nigéria anunciou ontem (5) a libertação do padre Emmanuel Silas, menos de 24 horas depois de ele ter sido sequestrado.

“Com os corações cheios de alegria, elevamos nossas vozes numa sinfonia de louvores ao anunciar o retorno do nosso irmão, o padre Emanuel Silas”, disse o padre Emmanuel Okolo, chanceler da diocese de Kafanchan, no comunicado oficial.

Silas, que foi sequestrado na madrugada de 4 de julho, foi libertado por seus sequestradores “por volta das 21h”, no mesmo dia, disse Okolo.

O chanceler também convidou todos os sacerdotes da diocese de Kafanchan a celebrar uma missa de ação de graças pela "libertação rápida".

Padre Silas teria sido sequestrado por homens armados da residência clerical da igreja católica de St. Charles, Zambina, área de Kauru, Estado de Kaduna.

Num comunicado anunciando a libertação do padre Silas, o chanceler diocesano agradeceu "a todos aqueles que ofereceram orações e súplicas pela rápida libertação de nosso padre e por outros que ainda estão nos cativeiros de seus sequestradores".

"Rogamos a Deus que apresse a libertação daqueles que ainda estão nas mãos de seus sequestradores. Que Nossa Senhora de Guadalupe interceda por nós e por todos aqueles que ainda estão em cativeiro!", disse Okolo.

A Nigéria está enfrentando uma onda de violência por gangues armadas que sequestram clérigos em troca de resgate e às vezes matam seus sequestrados.

Desde 2009, quando surgiu o Boko Haram com o objetivo de transformar o país em um estado islâmico, a Nigéria vive um estado de insegurança.

A situação de insegurança se complicou ainda mais pelo envolvimento de pastores Fulani predominantemente muçulmanos cujas milícias atacam com frequência os agricultores cristãos.

O sequestro do padre Silas é um dos mais recentes de uma série de sequestros de membros do clero no país mais populoso da África.

Em 2 de julho, dois padres da diocese de Uromi, Nigéria, foram sequestrados quando tiveram o carro bloqueado por homens armados na via expressa Benin-Ekpoma.

Dias antes, dois padres foram mortos em ataques separados em suas respectivas dioceses, um na arquidiocese de Kaduna em 25 de junho e outro na diocese de Auchi em 26 de junho.

No domingo de Pentecostes, 5 de junho, homens armados atacaram a paróquia católica de São Francisco Xavier de Owo, na diocese de Ondo, deixando 39 católicos mortos e mais de 80 feridos.

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