REDAÇÃO CENTRAL, 1 de jul de 2022 às 12:32

Em sua contribuição ao Sínodo mundial sobre a Sinodalidade, a Conferência Alemã de Superiores de Ordens Religiosas (DOK) disse que “mudanças no Catecismo da Igreja Católica são urgentemente necessárias quando se trata de pessoas divorciadas que se casaram novamente, pessoas com orientação não-heterossexual e pessoas não binárias e trans (LGBTQ). Recentemente tornou-se muito concreta a questão da possibilidade de entrada nas ordens de pessoas não-binárias".

O Sínodo sobre a Sinodalidade foi convocado pelo papa Francisco e terá sua sessão final no Vaticano no ano que vem. No momento, contribuições e sugestões estão sendo recolhidas no mundo todo.

O documento de nove páginas publicado na sexta-feira pela DOK diz ainda que o clero "não representa adequadamente todo o povo de Deus em termos de educação e formação profissional. Acima de tudo, as mulheres são sistematicamente excluídas. Muitíssimos religiosos querem por isso uma clara abertura. Muitos de nós, incluindo um grande número de homens, até para consagração para as mulheres".

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Por causa das restrições impostas por medo da covid, mas não só por isso, "a celebração diária da Eucaristia é cada vez mais inviável por falta de sacerdotes", diz o documento. Em vez de uma celebração da missa, muitas vezes foram celebradas liturgias da palavra nas ordens femininas. As experiências foram "surpreendentemente tão positivas em algumas comunidades que surgiu o desejo de celebrar a liturgia sempre dessa forma. Aqui o sacerdócio comum de todos os crentes, que é estabelecido pelo batismo em todos os batizados, é eficaz na experiência das religiosas”.

Abrir a celebração eucarística aos protestantes é também uma opção que "[muitos] de nós" consideram adequada, diz a DOK. "Sofremos com o fato de que isso não é possível ou que nossa Igreja não permite", diz a DOK. “As pessoas que ainda não conseguem imaginar uma comunhão tão abrangente, no entanto, geralmente desejam maior liberdade de consciência ao tomar decisões individuais sobre a participação na comunhão de outra denominação”.

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