Em mensagem por ocasião dos 75 anos de fundação da Cáritas na Espanha, o papa Francisco pediu para “sair ao encontro dos pobres e excluídos que são os destinatários privilegiados do Evangelho”.

“Este Jubileu é uma ocasião propícia para agradecer ao Senhor por todo o amor que nos foi dado e também um momento oportuno para discernir, com a orientação do Espírito Santo, os caminhos para esta nova etapa”, escreveu Francisco na mensagem assinada em 15 de junho e divulgada pela Santa Sé hoje (29), Solenidade de São Pedro e São Paulo.

Na carta dirigida ao presidente da Cáritas Espanhola, Manuel Bretón Romero, o papa recordou o lema escolhido para esta celebração "75 anos de amor ao próximo" e acrescentou que "é um serviço que continua no presente e se abre para o futuro com esperança, sabendo ver o rosto de Cristo crucificado em tantas pessoas que sofrem, oferecendo-lhes amizade, ajuda e conforto”.

O papa sugeriu “três características que não podem faltar neste itinerário”. Em primeiro lugar, Francisco pediu ter em mente que “o caminho da Cáritas é o caminho dos últimos”.

Por isso, o papa recordou que “os pobres e os excluídos são os destinatários privilegiados do Evangelho; eles ocupam um lugar preferencial no coração de Deus, ao ponto de ele mesmo ‘se tornar pobre’".

No entanto, Francisco disse que “não podemos esperar que batam à nossa porta, mas devemos sair ao encontro deles, buscar seu bem-estar integral e pleno desenvolvimento, reconhecendo sua dignidade e seus direitos”.

Em seguida, o papa destacou que a Cáritas é também um “caminho de misericórdia” porque “este é o estilo de Deus, que procura e se aproxima dos mais fracos para cuidar deles com compaixão e ternura”.

Segundo Francisco, “seguir este caminho exige uma atitude de contínua conversão e configuração a Cristo, pois somente na medida em que fazemos de seus sentimentos e atitudes nossa própria vontade é que nossa caridade se torna mais ativa e eficaz”.

Finalmente, o papa destacou que a Cáritas deve seguir um "caminho de renovação" e explicou que " as novas realidades da pobreza exigem que cuidemos das pessoas e de nossa casa comum, e que estejamos prontos para percorrer os caminhos da cultura do encontro e da caridade, ligando o local ao global, trabalhando a partir daqueles que nos são próximos, mas com um horizonte universal”.

“Encorajo-vos a perseverar com alegria e com alegria e determinação nas atividades e projetos realizados nas dioceses espanholas, e que se estendam além das fronteiras territoriais, em favor de tantos irmãos e irmãs que precisam de nossa proximidade, amor e solidariedade”, concluiu Francisco.

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