A viagem do papa Francisco ao Líbano prevista para junho de 2022 deve ser adiada por motivos de saúde.

O ministro de turismo do Líbano, Walid Nassar, informou que as autoridades libanesas receberam uma mensagem da Santa Sé comunicando oficialmente a decisão de adiar a visita do papa prevista para o próximo 12 de junho. Segundo Nassar, o motivo são os problemas de saúde do papa Francisco.

Em abril de 2021, Francisco recebeu o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, no Vaticano. Na ocasião, o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, informou sobre a audiência privada do papa com o primeiro-ministro do Líbano, acompanhado por uma pequena delegação de cinco pessoas.

O papa Francisco reafirmou que quer "visitar o país assim que se reúnam as condições adequadas" e disse que espera que "o Líbano, com a ajuda da comunidade internacional, volte a encarnar a fortaleza dos cedros, a diversidade que da fragilidade se torna força no grande povo reconciliado, com a sua vocação de ser uma terra de encontro, de convivência e de pluralismo”, disse Bruni.

"Durante as conversas que duraram cerca de trinta minutos o papa quis reiterar a sua proximidade ao povo libanês, que vive um momento de grandes dificuldades e incertezas, e recordou a responsabilidade de todas as forças políticas de se comprometerem urgentemente com o benefício da nação”, disse Bruni à época.

O papa Francisco manifestou em várias ocasiões sua proximidade com o Líbano e confirmou sua intenção de visitar o país.

Em 1º de julho de 2021, o papa Francisco inaugurou a histórica Jornada "Juntos pelo Líbano" que aconteceu no Vaticano com a participação de todos os líderes cristãos do Líbano.

Entre os participantes desta jornada estavam o núncio apostólico no Líbano, dom Joseph Spiteri, e os dez chefes das comunidades cristãs presentes no país. Os representantes da Igreja Católica da “terra dos cedros” são: o patriarca maronita, cardeal Bechara Boutros Raï, o patriarca siro-católico Ignace Youssef III Younan, o patriarca melquita Youssef Absi, o bispo caldeu, dom Michel Kassarj e o vigário apostólico latino, dom César Essayan.

Os anfitriões no Vaticano foram o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, cardeal Leonardo Sandri, e o presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, cardeal Kurt Koch.

Durante a entrevista coletiva concedida aos jornalistas que o acompanharam no voo de volta a Roma após sua viagem ao Iraque, o papa falou de uma possível viagem apostólica ao Líbano.

No final da audiência geral de 5 de agosto de 2020 da biblioteca do Palácio Apostólico, o papa Francisco pediu orações pelas explosões em Beirute e pediu orações pelo Líbano para que possa superar a crise pela que está atravessando.

Em 2 de setembro de 2020, diante dos fiéis reunidos no pátio de São Dâmaso, o papa explicou que "durante mais de cem anos, o Líbano tem sido um país de esperança" e acrescentou que "mesmo durante os períodos mais obscuros da sua história, os libaneses preservaram a fé em Deus e demonstraram a capacidade de fazer da sua terra um lugar de tolerância, respeito e coexistência único na região”.

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