O vereador de Curitiba Renato Freitas (PT-PR) acusado de liderar a invasão da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos fez sua defesa oral nesta segunda-feira, 11 de abril, diante do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Vereadores de Curitiba. Freitas negou ter invadido a Igreja em uma manifestação ocorrida em fevereiro. Freitas foi sabatinado por oito vereadores.

A partir de ontem (12) o vereador tem dez dias para apresentar sua defesa final no processo. O procedimento para investigar Freitas foi aprovado em 21 de março. Desde então, foram ouvidas 11 testemunhas.

No dia 28 de março, a arquidiocese de Curitiba pediu formalmente ao Conselho de Ética da Câmara de Vereadores que Freitas não tivesse o mandato cassado.

Questionado pelo relator da oitiva, vereador Sidnei Toaldo (Patriota), por que estava na manifestação e entrou na Igreja fazendo uso da palavra, Freitas alegou: “Eu fui só mais uma das pessoas a chamar as pessoas a participarem da manifestação, assim como entidades, grupos e pessoas”. Segundo ele, a manifestação não previa entrar na igreja. “Foi algo espontâneo”.

O vereador acusado ainda afirmou que os manifestantes não sabiam que uma missa estava acontecendo no templo no mesmo horário do ato. Segundo ele, a manifestação atrasou e começou quando a missa já tinha acabado.

Freitas disse ter feito o uso da palavra para acalmar os ânimos dentro da Igreja: "Foi justamente essa preocupação que fez com que, no momento que eu percebi que as pessoas entraram na igreja, eu também entrei e tomei a palavra por primeiro para evitar um embate inicial, e transmitir esse sentimento de irmandade. No vídeo é possível ver que o microfone foi dado para mim pela senhora que fazia assistência para o padre".

A partir da apresentação da documentação com a versão final para defesa, o relator do caso pode definir pela absolvição, pena branda ou cassação.