Vaticano, 11 de abr de 2022 às 15:16
Sete sacerdotes se tornaram cônegos da basílica de São Pedro, no Vaticano, ontem (10), domingo de Ramos. Um deles é o brasileiro monsenhor Flávio José de Medeiros Filho, do clero da arquidiocese de Natal (RN). Padre Flávio Medeiros disse à ACI Digital que se trata de “uma coisa muito simples, que deve ser encarada na ótica do serviço a Cristo e à sua Igreja”.
Natural de Acari (RN), monsenhor Flávio de Medeiros nasceu em 27 de janeiro de 1977 e foi ordenado sacerdote em 4 de agosto de 2005, na catedral de Nossa Senhora da Apresentação, em Natal. Há vários anos, exerce seu ministério sacerdotal em Roma.
Os sete sacerdotes receberam o canonicato, “que os insere em um cabido, um colégio de sacerdotes a serviço de uma igreja catedral ou de uma basílica papal”, explicou monsenhor Medeiros. O Cabido de São Pedro foi fundado em 1053 pelo papa Leão IX. É composto por um colégio de monsenhores de nomeação pontifícia, que garantem e realizam vários aspectos da vida ministerial, litúrgica e pastoral da Basílica de São Pedro.
Monsenhor Medeiros afirmou que os cônegos devem “viver a dimensão ministerial da vida sacerdotal em favor da basílica”. A basílica de São Pedro recebe peregrinos do mundo todo, que vão “escutar a voz do Santo Padre, participar dos santos mistérios, da celebração da Eucaristia, da liturgia das horas”, disse. “Tudo isso comporta que exista um suporte sacerdotal para atender a todas essas demandas. É preciso ter o atendimento em várias línguas para poder ir ao encontro dos peregrinos”, disse, ressaltando que este “é um serviço muito humilde”.
“É um colégio sacerdotal que está a serviço de Cristo na administração dos santos sacramentos, a serviço da Igreja no ministério da pregação e em tudo aquilo que for necessário”, disse o cônego. Destacou que um aspecto importante é em relação ao “acolhimento aos peregrinos que chegam e precisam da palavra de um sacerdote, que precisam de uma bênção, que trazem seus objetos religiosos”.
Segundo monsenhor Medeiros, “tudo isso só pode ser entendido na ótica do serviço e do ministério sacerdotal, porque somos sacerdotes configurados a Cristo, o qual nos diz: ‘Eu não vim para ser servido, mas para servir e dar minha vida em favor de muitos’. E também: ‘quem quiser ser o primeiro, seja o servidor de todos’”.
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