O restaurante espanhol Mugaritz lançou na semana passada o prato "cozido mimesis", que lembra um bebê aos três meses de gestação, cercado por um gel que dá a impressão de ser o líquido amniótico que envolve o bebê no útero. Comandado pelo chefe Andoni Luis Aduriz, o Mugaritz tem das estrelas do guia Michelin, o mais respeitado guia de restaurantes do mundo.

Uma amêndoa faz as vezes da cabbeçoa do bebê, e, por ser uma ruta crocante, estala ao ser mordida, simulando o que poderia ser o som de um crâneo sendo partido.

A representação do feto de três meses também é feita com um caldo de grão de bico com suco de avelã, e com caviar simulando mecônio, a primeira evacuação de um bebê. O prato "não precisa agradar a todos", disse Aduriz à Efe.

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No seu site, Mugaritz disse que "gostamos de alimentar a mente alimentando a curiosidade, os sentidos ou o desejo, procuramos saciar a fome de risco, de brincadeira ou de respostas e o prazer de nos surpreender, de descobrir e explorar o desconhecido".

“Para isso, questionamos a lógica do mundo culinário, repensando normas sociais e preconceitos. Procuramos criar um contexto para exercer a liberdade sensorial para poder superar a imposição dos costumes”, acrescentou.

 

“É lamentável o que fez o restaurante Mugaritz. Um prato em forma de embrião humano com uma amêndoa como cabeça. É a perda total da humanidade. Demoníaco", diz em sua conta no Twitter Francisco Javier "Patxi" Bronchalo, padre da diocese espanhola de Getafe.

A organização peruana Marcha pela Vida, ao falar sobre o prato do Mugaritz, perguntou: “Você comeria um bebê abortado? É a isso que chegamos ao desvalorizar a vida desde a concepção.”

"Não bastou matar o bebê no ventre, agora propõem comê-lo, maquiado com o nome de criatividade’”, disse.

Antonio Orti Huelin comentou que “vão de aberração em aberração e o objetivo é claro. Mas não o conseguirão. Não comigo, é claro."

Mugaritz é também o restaurante escolhido pela Netflix para apresentar um guia que mostra a riqueza e diversidade cultural, artística e patrimonial da Espanha, em colaboração com a Turespaña, empresa do governo espanhol que promove o turismo no país.

A iniciativa foi apresentada na semana passada pela vice-presidente de conteúdo global da Netflix, Bela Bajaria; e o Ministro da Indústria da Espanha, Reyes Maroto.

Para o jornal Hispanidad, o prato de Mugaritz, que ocupa o 14º lugar entre os 50 melhores restaurantes do mundo (50 best), é “mais um passo no processo de barbárie e selvageria no mundo contemporâneo. Normaliza comer um feto, normaliza o canibalismo, o aborto e o infanticídio".

Na opinião de José García, o “cozido mimesis” é “criminoso. Volta ao passado. Na época dos astecas, onde a carne de bebê humano era vendida em açougues, de povos inimigos, é claro”.

Pablo Hertfelder, do Instituto de Política Social da Espanha, disse que é "intolerável que o restaurante @Mugaritz coloque em seu cardápio um prato chamado 'Cozido mimesis de um embrião humano de três meses'. Não é um insulto grave contra as mais de 99.149 crianças abortadas por ano na Espanha?

Hertfelder incentivou a pedir a Aduriz que retire o prato de Mugaritz e “peça perdão publicamente” neste link https://www.ipsenacional.es/exige-eliminen-de-su-carta-plato-embrion-tres-meses.

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