Defensoras da vida e da família no México denunciaram, por ocasião do Dia da Mulher, a agenda transgênero de "homens que dizem ser mulheres".

As mulheres da Frente Nacional da Família (FNF) e a Iniciativa Cidadã (IC) criticaram a agenda LGBT que quer substituir as mulheres reais por homens em espaços públicos, como a política e os esportes.

Em entrevista coletiva concedida ontem (7), as ativistas incentivaram a participar na campanha #SerMujerImporta (#SerMulherImporta, em português)

Do evento também participaram as deputadas federais Saraí Núñez Cerón e Lorena Piñón.

Em sua participação na entrevista coletiva, Ruth Sánchez Hernández, coordenadora estadual da Iniciativa Cidadã em Chihuahua, defendeu o trabalho de décadas em favor das mulheres e disse que "não permitiremos que essas conquistas beneficiem homens que se dizem mulheres".

Aque se identificam como transgênero, disse, são “homens que passaram a vida como homens, cuja biologia e cada célula de seu corpo confirmam seu sexo como varões, independentemente das mudanças estéticas que fazem em seus corpos ou das mudanças hormonais que atentam contra si mesmos”.

"Não permitiremos que os homens nos digam como ser mulheres", disse ela.

Rosa María Morales Rivera, coordenadora da Zona Norte do Estado do México da FNF, criticou que “as políticas implementadas pelas últimas administrações governamentais não diminuíram as condições de insegurança e violência sofridas pelas mulheres”.

Essas políticas, continuou ela, "não aumentaram" as oportunidades de desenvolvimento das mulheres "e não lhes permitiram equilibrar o desenvolvimento profissional com o importante papel que desempenham no cuidado e proteção da família".

Morales Rivera destacou que "a vida e a integridade de nossas meninas e mulheres não podem ser uma agenda relegada diante de propostas ideológicas falsamente inclusivas que pretendem apagar e desaparecer coma as verdadeiras mulheres".

Lizbeth Hernández Lecona, representante da Iniciativa Cidadã, destacou o importante trabalho de milhões de mulheres no México que "se encarregam de idosos, crianças e doentes", que "tem um alcance social e econômico desvalorizado, muitas vezes desprezado".

“Mas essa função sustenta a estabilidade do nosso país e contribui para o funcionamento social”, disse.

Por isso, para Hernández Lecona “gerar leis e programas com perspectiva familiar resultará em um benefício direto para as mulheres, já que somos o pilar essencial da família e pilares na construção do bem comum de nossa nação”.

María de los Ángeles Bravo, presidente da Frente Nacional da Família do Estado do México, condenou “o uso de termos e conceitos como 'pessoa gestante' ou 'pessoas menstruantes' e todos aqueles que pretender tornar as mulheres invisíveis”.

"Esse discurso supostamente inclusivo visa excluir e anular as mulheres", denunciou.

“Rejeitamos veementemente esse tipo de linguagem e os pressupostos ideológicos que pretendem impor que são contrários aos valores do povo do México e em detrimento das mulheres”, disse.

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