Os Arcebispos de Caracas e Coro rechaçaram energicamente que uma autoridade judicial pretenda implicar ao Cardeal Rosalío Castillo Lara no assassinato de um fiscal venezuelano.

O Arcebispo de Caracas, Dom Jorge Urosa Sabino, solidarizou-se com o Cardeal e pediu o “total esclarecimiento” do caso e que “os atuais imputados recebam um trato digno e um processo limpo de contaminação política; de maneira que aqueles que resultarem inocentes, sejam assim declarados pelos tribunais da justiça".

Também, em declarações a União Radio, o Arcebispo de Coro, Dom Roberto Lückert, considerou que "é um absurdo” que o Fiscal Geral Isaías Rodríguez, implique ao Cardeal Castillo Lara na investigação do assassinato do fiscal Danilo Anderson.

"De 18 de novembro do ano passado a 18 de novembro deste ano tivemos sei lá quantas versões sobre o caso Anderson. Ele (o Fiscal) está escondendo alguma coisa agora, alguém está por trás este problema que a Fiscalia e o Governo querem ocultar", adicionou o Prelado.

Dom Lückert considerou pouco acreditável imaginar que o Cardeal Rosalio Castillo Lara, "um homem que esteve na alta diplomacia da Santa Sé, assista vestido como clérigo com um crucifixo” a uma reunião para planejar a morte do fiscal.

"A quem lhe passaria pela cabeça que um personagem como o senhor Cardeal Castillo Lara iria fazer tal burrície, coisa tão grossa e que iria se envolver em uma confusão tão grave como é um crime, um conhecido homem de paz, que é salesiano", adicionou.

Danilo Anderson era o fiscal que levava os casos do golpe de estado de 11 de abril de 2002. Foi assassinado em 18 de novembro de 2004 em um atentado com explosivos colocados no seu próprio veículo.