Começou nesta Quarta-feira de Cinzas, 2 de março, a campanha 40 Dias Pela Vida. Presente em seis cidades brasileiras, o movimento, que promove orações e reflexões voltadas ao fim do aborto, tem sido alvo de críticas e xingamentos na internet.

“O bom do aborto é que às vezes evita que a criança nasça cristã conservadora”, escreveu um internauta na conta de Instagram da campanha. “Torço muito pelo fracasso da missão”, disse outro.

Apesar dos ataques, Liham Oliveira, coordenador da vigília este ano, afirma não se intimidar. “Todas essas ofensas e ameaças que recebemos não nos abalam. Estamos lutando por quem ainda não pode se defender e pelas mulheres que são ludibriadas pela agenda da cultura da morte”, disse ele à ACI Digital.

No Brasil, a campanha é realizada desde 2014. Em todo o mundo, serão 588 cidades ao todo com ações pelo fim do aborto no mundo durante a Quaresma. “Nosso Senhor sofreu muito mais por todos nós. Seguiremos firmes e ofertando todas as dores a Nosso Senhor Jesus Cristo nesse tempo de Quaresma”, compartilhou Liham. A próxima edição deve ocorrer no início da primavera, em setembro.

Os municípios brasileiros que participam dos 40 Dias Pela Vida são: Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Campina Grande (PB). A ação segue até 10 de abril, Domingo de Ramos, início da Semana Santa.

Em São Paulo, a vigília ocorre em frente ao Hospital Pérola Byington, no bairro do Bexiga, região central de São Paulo, hospital de referência para aborto legal, isto é em caso de estupro ou perigo de vida para a mãe, na cidade. Na manhã de hoje, segundo os voluntários, a escritora Daniela Abade, autointitulada 'ativista pelos direitos humanosa e crítica fervorosa da campanha, passou pelo local, conversando com policiais da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e pessoas em situação de rua que vivem ali. “Não falou conosco, mas passou aqui por perto, ela e outra mulher”, contou Liham.

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