A Embaixada da Ucrânia junto à Santa Sé disse que, segundo dados dos serviços de inteligência, o governo russo planeja bombardear a catedral de Santa Sofia, em Kiev, que hoje é apenas um museu.

“A Catedral do século XI é a pérola da Ucrânia. Apelamos aos russos: não cometam este crime!!!”, escreveu a embaixada no Twitter nessa terça, 1º de março.

A construção da catedral de Santa Sofia em Kiev foi patrocinada no século XI por Yaroslav I, o Sábio, três vezes grão-príncipe de Novgorod e Kiev. Era o principal templo do Estado e serviu como centro espiritual, político e cultural do cristianismo ortodoxo.

O primaz da Igreja greco-católica ucraniana, dom Sviatoslav Shevchuk, pediu ontem  em uma mensagem de vídeo, o fim da invasão russa na Ucrânia que começou em 24 de fevereiro. A Igreja greco-católica ucraniana, à qual pertencem 14,1% da população do país, está em plena comunhão com Roma.

“Hoje estamos vivendo o sexto dia da guerra sangrenta e injusta. Nos últimos momentos, especialmente esta noite, testemunhamos novos horrores da guerra. Vimos como escolas, creches, cinemas e museus foram destruídos e pela manhã um míssil atingiu a maternidade”, disse dom Shevchuk.

“Nós nos perguntamos, mas por quê? São mulheres e recém-nascidos. Por que eles são vítimas desta guerra?”, disse. “Nós resistimos. Somos uma nação que constrói, defende às custas do nosso próprio sangue, a paz na Ucrânia e em todo o mundo."

Ontem uma bomba caiu sobre a sede da diocese de Kharkiv, Ucrânia, em cujo porão estavam abrigadas cerca de 40 pessoas, entre mulheres e crianças. Padre. Gregorio Semenkov, chanceler da diocese católica latina de Kharkiv, informou que "há muitos mortos", mas por enquanto não há notícias do número de vítimas e feridos.

A Igreja Católica na Polônia, país que faz fronteira com a Ucrânia, já acolhe mais de 300 mil refugiados que fogem da guerra. A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) enviou um milhão de euros para ajudar a Igreja na Ucrânia em sua pastoral e trabalho solidário.

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