O cardeal George Pell condenou a "ilegal e feroz invasão russa" da Ucrânia, em uma carta ao chefe da Igreja greco-católica ucraniana, o arcebispo-mor Sviatoslav Shevchuk.

Na carta de 28 de fevereiro, o ex-prefeito da Secretaria de Economia da Santa Sé escreveu que lamentava a "ausência de apoio" aos ucranianos.

"Com estas poucas palavras e a promessa de minhas orações, escrevo para expressar meu apoio a você e a todo o seu povo, e de fato a todo o povo da Ucrânia, no momento desta invasão russa ilegal e feroz", disse ele.

"Uno-me aos seus protestos contra essa injustiça e também lamento a falta de apoio a todos vocês em seu sofrimento", acrescentou.

O cardeal australiano de 80 anos, que mora atualmente em Roma, foi arcebispo de Sydney de 2001 a 2014, primeiro prefeito da Secretaria de Economia da Santa Sé de 2014 a 2019 e membro do Conselho de Cardeais do papa Francisco de 2013 a 2018.

Desde que o presidente russo Vladimir Putin ordenou uma invasão em larga escala dentro da Ucrânia em 24 de fevereiro, o arcebispo Shevchuk enviou mensagens diárias da capital Kiev, onde ele está abrigado com outros em baixo da catedral greco-católica da Ressurreição.

O arcebispo-mor, de 51 anos, lidera os mais de quatro milhões de católicos greco-ucranianos do mundo desde 2011. A maioria dos fiéis vive na Ucrânia, um país cristão do Leste Europeu predominantemente ortodoxo com uma população de 44 milhões de pessoas.

O papa Francisco convocou para hoje, 2 de março, quarta-feira de cinzas, um dia mundial de oração e jejum pela paz na Ucrânia.

No final de sua carta, o cardeal Pell disse ao arcebispo Shevchuk que estão "unidos por nossa fé em Cristo Senhor, por nosso amor a Maria, a mãe de Deus, e por nossa fraternidade em Nossa Santa Mãe, a Igreja Católica".

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