O coletivo pró-vida Déjalo Nacer, da Colômbia, que reúne diversos grupos da sociedade civil, anunciou no domingo, 27 de fevereiro, uma grande marcha nacional pela defesa da vida, em protesto contra a decisão da Corte Constitucional que despenalizou o aborto até os seis meses de gravidez.

“A Corte Constitucional deu uma decisão muito ruim, terrível e desastrosa que gera o genocídio da nação colombiana. Abortar até seis meses é realmente um assassinato completo”, disse Jesús Magaña, presidente da plataforma Unidos pela Vida, à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI.

"Há uma grande indignação em todo o país e por isso haverá uma mobilização nacional no fim de semana para protestar contra a decisão da Corte”, disse.

Em 21 de fevereiro, a Corte Constitucional da Colômbia decidiu, por cinco votos a favor e quatro contra, que o aborto “só será punível quando for realizado após a vigésima quarta semana de gestação e, em todo caso, esse prazo não se aplicará aos três casos estabelecidos na sentença C. - 355 de 2006”.

Isso significa que o aborto não será crime punível até a 24ª semana de gravidez, e que continua vigente a decisão da Corte Constitucional de 2006 que descriminaliza a prática para casos de estupro, malformação do nascituro ou perigo para a vida da mãe, mesmo depois do prazo estabelecido.

Magaña disse que em Bogotá a marcha será no “domingo, 27 de fevereiro, a partir das 10 da manhã. Nos encontraremos no Parque Nacional e marcharemos até a Plaza de Bolívar. Lá encontraremos outra manifestação em torno do coletivo Déjalo Nacer que fará uma presença massiva”.

O presidente da Unidos pela Vida disse que o objetivo é que com esta manifestação a população “rejeite a sentença da Corte Constitucional e que possa derrubar e anular a mesma. Esperamos todos, muito obrigado”.

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