O bispo de Petrópolis (RJ), dom Gregório Paixão, celebrou ontem a missa de sétimo dia pelas vítimas das chuvas que atingiram a cidade serrana do Estado do Rio de Janeiro em 15 de fevereiro. Segundo a Polícia Civil, até a manhã de hoje, foram registradas 183 mortes. Ainda há 85 pessoas desaparecidas e as buscas continuam.

A missa de sétimo dia foi celebrada na paróquia Santo Antônio, no bairro Alto da Serra, um dos mais afetados pela chuva. Foram concelebrantes os bispos de Nova Iguaçu (RJ), dom Gilson Andrade da Silva, e de Valença (RJ), dom Nelson Francelino. Participaram da celebração parentes de vítimas, desabrigados e autoridades civis.

Em sua homilia, dom Gregório pediu que as pessoas se unam em oração por quem morreu e também para ajudar os sobreviventes. “Nosso Deus é o Deus da vida, está presente em nosso meio”, disse o bispo, acrescentando que “a este Deus, nós clamamos: ‘Senhor, nos dê um coração capaz de lutar por cada porção de vida, que o nosso coração se una em prece para rezar pelos que se foram, mas para ajudar os que ficaram’”.

Das 183 mortes registradas até o momento, 169 pessoas já foram identificados. Na semana passada, dom Gregório Paixão esteve, por duas ocasiões, no Instituto Médico Legal (IML), quando conversou com profissionais que fazem a identificação dos corpos e deu palavras de conforto às pessoas que aguardavam a liberação e identificação de seus familiares.

Entre as diversas iniciativas para ajudar os atingidos pelas chuvas, a Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abredif) doou 136 urnas funerárias para Petrópolis. Ao tomar conhecimento desta doação, o bispo diocesano afirmou que é com a união de todos que será possível atender as vítimas para que possam recomeçar com dignidade. Disse ainda que essa dignidade passa também pela tranquilidade de sepultar os mortos.

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