O seminário menor de Saint Kisito de Bougui, da diocese de Fada N'Gourma, em Burkina Faso, foi atacado na noite de 10 para 11 de fevereiro por radicais muçulmanos, informou a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN).

O ataque ao seminário africano começou às 20h (hora local) em 10 de fevereiro, e envolveu cerca de 30 jihadistas armados que chegaram em motocicletas.

“Embora não tenham ocorrido perdas humanas, causaram danos materiais consideráveis” no lugar onde estudam 147 seminaristas, informou a ACN.

Os radicais islâmicos incendiaram dois dormitórios, uma sala e um veículo. Um outro veículo foi roubado. Eles também destruíram um crucifixo e disseram aos presentes que não queriam mais ver cruzes. Depois, ordenaram que os seminaristas abandonassem o local.

Os terroristas ameaçaram dizendo que vão matar se encontrarem alguém no local quando voltarem.

Todos os seminaristas foram para as casas de suas famílias, onde permanecerão pelo menos uma semana para observar "a evolução deste trágico acontecimento", segundo a ACN.

As pessoas da cidade onde fica o seminário também estão assustadas e muitas decidiram emigrar.

A ACN pediu "orações por todos os seminaristas, formadores e pelo povo de Burkina Faso".

Burkina Faso em sido local de ataques contra católicos nos últimos tempos.

Em junho de 2021, os fiéis pediram orações pelas vítimas de um ataque armado que deixou pelo menos 138 mortos na vila de Solham.

Em janeiro do mesmo ano, o padre Rodrigue Sanon foi dado como desaparecido e dois dias depois foi encontrado morto na diocese de Banfora.

Em maio de 2019, um padre e cinco leigos foram mortos quando agressores desconhecidos atacaram a igreja em Dablo, na diocese de Kaya, onde rezavam.

Em julho de 2020, a conferência episcopal de Burkina Faso manifestou preocupação com o aumento da insegurança no país. “É um desafio que deve ser enfrentado a todo custo; é um desafio para toda a nação e devemos unir nossas energias”, disse comunicado oficial da conferência.

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