A Assembleia das Associações pela Vida, Dignidade e Liberdade manifestou seu desacordo com a aprovação no Congresso dos Deputados da reforma do Código Penal que criminaliza grupos pró-vida que rezem nas imediações das clínicas de aborto.

Jaime Mayor Oreja, presidente da Fundação Valores e Sociedade, disse que "algo muito estranho está acontecendo para que o Código Penal seja reformado para uma ação tão concreta, limitada e exemplar como rezar e tentar explicar a algumas mães o que significa aborto”.

Segundo Oreja esta reforma do Código Penal “ataca a liberdade de expressão e manifestação. E isso deve terminar no Tribunal Constitucional. Organizações como NEOS, exortamos os partidos políticos a apresentar um recurso de inconstitucionalidade porque é um ataque à liberdade.

Ele destacou também que existe uma “obsessão doentia” por parte dos grupos políticos de esquerda de “implementar a cultura da morte ou a nova ordem mundial”.

“Sentimo-nos na obrigação de frear essa decadência disfarçada de falsa liberdade e progresso que tenta se impor hoje em nosso país. A sociedade civil não pode permitir que seus direitos fundamentais sejam censurados sob um critério claramente ideológico e partidário”, disse Oreja.

Representantes do Partido Popular (PP) e Vox estiveram presentes no evento e manifestaram o seu repúdio a esta alteração do Código Penal e destacaram que irão recorrer ao Tribunal Constitucional.

Javier Puente, senador do PP, disse que "uma sociedade que defende o aborto como conquista está fadada ao fracasso"

“Vamos lutar contra essa lei que suprime nossa liberdade de expressão e opinião que impõe penas de prisão para quem não pensa como eles. Prefiro estar na cadeia do que em silêncio", disse Puente.

Jacobo González-Robatto (VOX) lembrou que o ser humano existe desde a concepção e que é o momento em que é mais vulnerável, e "por isso somos obrigados a protegê-lo".

González-Robatto disse que "daqui a cem anos, veremos o aborto como vemos a escravidão hoje" e será "uma vergonha para nossa sociedade".

Jesús Poveda, fundador da Escola de Resgatadores, disse que já foi preso mais de 25 vezes por oferecer informação a mulheres nas portas de clínicas de aborto e em nenhum dos 25 julgamentos foi “condenado por nada. Porque dar informação é dar informação”.

“O que está sendo debatido hoje no Congresso é a liberdade de informação. E se acham que está bem que não possamos informar, talvez também haja outras pessoas que achem que vocês não podem informar [fazendo referência aos jornalistas]”, disse Poveda.

Segundo Poveda, “quando as leis são injustas, o lugar do homem justo é na cadeia. Eu já estive lá. Não me importa”.

A Assembleia de Associações pela Vida, Dignidade e Liberdade representa mais de 140 associações na Espanha, incluindo a Associação Católica de Propagandistas, NEOS, Fundação Villacisneros, One of Us, 40 dias pela Vida, +F, Federação Espanhola de Associações Pró-Vida, Fórum da Família, e-Cristians e Cristãos na Democracia, entre outros.

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