Mais de sete em cada dez americanos acham que as leis devem proteger os bebês da ameaça do aborto, revela pesquisa feita pela Marist Poll, empresa de pesquisa de opinião pública. A pesquisa com 1.004 adultos entrevistados entre 4 e 9 de janeiro de 2022 encomendada pelos Cavaleiros de Colombo, revelou que 71% dos americanos são a favor de restrições legais ao aborto.

A Ordem dos Cavaleiros de Colombo, fundada em 1882 nos EUA pelo beato Michael McGivney, é a maior organização católica de serviço fraterno do mundo, com quase 2 milhões de membros em mais de 12 países.

Marist Poll faz anualmente essa pesquisa para os Cavaleiros de Colombo há mais de uma década.

A pesquisa mais recente mostra que 73% dos americanos se opõem ao financiamento do aborto no exterior com o dinheiro de impostos e 54% são contra o uso de impostos para aborto mesmo nos EUA. Para 81% dos entrevistados, as leis podem limitar o aborto, ao contrário do que a Suprema Corte decidiu no caso Roe x Wade, que legalizou o aborto nos EUA em 1973.

“No que diz respeito à direção da política governamental, há décadas há um claro consenso de opinião entre os americanos sobre o tema do aborto”, diz a doutora Barbara Carvalho, diretora do Marist Poll.

“Enquanto aguardamos a decisão da Suprema Corte sobre Dobbs x Jackson Women's Health Organization, nossas pesquisas continuam mostrando que mais de 60% dos americanos não concordam com Roe x Wade, e querem devolver essa decisão aos Estados ou tornar o aborto ilegal”, disse Patrick Kelly, cavaleiro supremo dos Cavaleiros de Colombo.

Roe x Wade foi forte quando foi decidida e seu legado é a trágica destruição de mais de 60 milhões de não-nascidos e incontáveis mulheres feridas. Chegou a hora dos Estados Unidos reverterem isso”, acrescentou.

O caso Dobbs x Jackson Women's Health Organization diz respeito a uma lei estadual do Mississippi que proíbe o aborto após 15 semanas de gestação, o que poderia levar à reversão da decisão de 1973.

A Suprema Corte poderia emitir sua decisão no final de junho ou início de julho de 2022.

Observando que uma alta porcentagem de americanos se opõe ao aborto financiado por impostos, Kelly disse que "a grande maioria acredita que as leis podem proteger as mulheres e os não-nascidos".

Nesse sentido, “os Cavaleiros de Colombo continuaremos defendendo-os e apoiando a dignidade e o valor de toda vida humana”.

A pesquisa também mostra que 63% dos americanos se opõem às leis federais que permitem que os medicamentos abortivos sejam enviados pelo correio, em vez de as mulheres os receberem pessoalmente de um profissional de saúde certificado.

Além disso, cerca de três quartos dos entrevistados apoiam a objeção de consciência, por motivos religiosos, dos profissionais de saúde diante do aborto.

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