O presidente Jair Bolsonaro ironizou críticas à liderança do Brasil no Consenso de Genebra em uma live na tarde de ontem, 20 de janeiro. Bolsonaro reagia a um artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, intitulado “Brasil assume liderança de aliança internacional antiaborto”.

“O chamado "consenso" acaba de completar seu primeiro ano de existência, mas reúne apenas 36 signatários, entre os quais Estados mundialmente conhecidos como violadores de direitos das mulheres ou avessos ao gênero”, diz o artigo.

Instituído no dia 22 de outubro de 2020, o documento, que conta com o apoio de países como Polônia, Guatemala, Indonésia, Iraque, Uganda, Egito e Rússia (última a aderir ao consenso), defende iniciativas voltadas à defesa da saúde da mulher, do fortalecimento da família e da proteção à vida.

Com a saída dos Estados Unidos da agenda após Joe Biden iniciar seu mandato como presidente, em janeiro do ano passado, o Brasil assumiu a liderança do consenso. A organização passou, então, a ser comandado pela ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do Brasil, Damares Alves.

Em novembro do ano passado, representantes dos países signatários reuniram-se em Genebra, na Suíça, para comemorar o primeiro ano de assinatura da declaração.

Segundo Damares Alves, uma das metas para 2022 é fazer outros países se unirem à iniciativa. “É uma honra ser parceira dos países de vocês nessa jornada. Temos muito orgulho. Queremos que, no futuro, nossos filhos e netos olhem para este momento e celebrem o fato de que tivemos coragem de dizer 'não' à morte de tantas crianças e de cuidar, de fato, das mulheres”, disse a ministra durante a reunião.

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