VATICANO, 11 de nov de 2005 às 16:55
Ao presidir nesta manhã a Santa Missa em sufrágio pelos cardeais e bispos que faleceram no último ano, o Papa Bento XVI convidou a confiar no Senhor Jesus, o único caminho que conduz à vida.Ao constatar que "quem se cooca a serviço do Senhor e entrega a vida no ministério eclesiástico não está isento de provações" mas, inclusive, "encontra-as mais insidiosas, como demonstra amplamente a experiência dos Santos", o Santo Padre assegurou que a quem vive no temor de Deus, Ele "liberta o coração do medo e o inunda na profundidade de seu amor".
"Quem se confia em Jesus deposita sua confiança em Deus mesmo. Nós, seres humanos, temos necessidade de um amigo, de um irmão que nos tome pela da mão e nos acompanhe até ‘a casa do Pai’; temos necessidade de alguém que conheça bem o caminho", disse o Papa na Missa concelebrada pelos membros do Colégio Cardinalício.
Assim, o Papa estacou que "Jesus é o caminho aberto a ‘todos’; não existem outros. E os que parecem ‘outros’, na medida em que são autênticos, reconduzem a Ele, porque senão, não levam à vida. Por isso, é inestimável o dom que o Pai deu à humanidade, enviando o Filho unigênito. A este dom corresponde uma responsabilidade, que é maior na medida em que é mais estreita a relação com Jesus".
João Paulo II, exemplo de oração
Na homilia, Bento XVI recordou que em novembro, a Igreja reza e "oferece o sacrifício redentor de Cristo em sufrágio pelos fiéis defuntos". Neste contexto, o Papa recordou o defunto João Paulo II, afirmando que "entre os luminosos exemplos que nos deixou, encontra-se o preciosíssimo da oração, e também neste momento recolhemos sua herança espiritual, conscientes de que sua intercessão é agora mais intensa do céu".
Bento XVI recordou que nos doze últimos meses faleceram cinco cardeais: Juan Carlos Aramburu, Jan Pieter Schotte, Corrado Bafile, Jaime Sin e Giuseppe Caprio. "junto com suas almas, confiamos hoje ao Senhor a dos arcebispos e bispos que, neste mesmo período, terminaram sua vida terrena".
Ao concluir sua homilia, o Papa disse que "enquanto damos graças a Deus por todos os benefícios que concedeu a nossos irmãos defuntos, ofereçamos por eles os méritos da paixão e morte de Cristo, para que encham as lacunas devidas à fragilidade humana".