Uma equipe de restauração do Programa de Recuperação do Centro Histórico de Lima (PROLIMA) descobriu e restaurou uma pintura mural na igreja de Santa Rosa de Lima, no centro histórico da capital peruana.

A restauração iniciada em junho de 2019 foi concluída com a restauração da pintura no final de 2021.

Fotos: José Carbonell

José Gálvez Krüger, diretor da Enciclopédia Católica (EC), disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que esta instituição tem convênio com a PROLIMA, para que Gálvez estude e interprete elementos emblemáticos da cidade.

Gálvez escreve na EC que “a descoberta da pintura mural, do lado de fora do que era a nave da igreja de Santa Rosa dos padres, surpreendeu a todos. Os elementos decorativos encontrados aumentam e enriquecem a conhecida iconografia de Santa Rosa de Lima”.

O diretor da EC afirma que essas descobertas podem ser explicadas através da emblemática.

“Além da emblemática mística geral, há uma emblemática mística, típica de Santa Rosa. O emblema é uma figura simbólica composta por um desenho, um título e um texto que explica e desenvolve um assunto específico.

A pintura mural descoberta e restaurada mostra, “através de hieróglifos, o amor esponsal e místico do coração de Santa Rosa. Ele também faz alusão à sua vida penitencial e aos espaços em que exerceu seu apostolado”.

“Na nossa opinião, são as paredes da ermida que a santa construiu, no meio do jardim da sua casa, com as próprias mãos. É a parede na qual Rosa de Lima escreve o anúncio de seu noivado com Cristo”, diz Gálvez.

Outro elemento importante na pintura são as “passifloras, presas às paredes da ermida. Indicam que Santa Rosa estava firmemente ligada à paixão de Cristo, à maneira de uma videira”.

“As passifloras ou flores da paixão se distinguem pela forma, tamanho e cor da flor. A característica desta flor é ser composta por elementos que parecem evocar a paixão do Mártir do Calvário”, destaca.

“As pinturas na parede da igreja de Santa Rosa são, em suma, um convite que Cristo faz à alma cristã. Convida a um horto diferente daquele no qual o demônio vivia”, ressalta Gálvez.

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