O ano de 2021 foi o primeiro de seu pontificado em que o papa Francisco não convocou um consistório para a criação de novos cardeais. É muito provável que 2022 veja a distribuição de novos barretes vermelhos, já que, durante o ano, dez cardeais farão 80 anos e, assim, perderão o direito de voto num futuro conclave para a escolha de um novo papa.

O colégio dos cardeais é composto por 215 Cardeais. Desses, 120 eleitores, teto máximo estabelecido pelo papa são Paulo VI e sempre confirmado por seus sucessores, e 95 não eleitores. Neste ano, o número de eleitores cairá para 110.

O primeiro cardeal a completar 80 anos em 2022 será Ricardo Ezzati Andrello, arcebispo emérito de Santiago do Chile, criado pelo papa Francisco no consistório de 2014, que faz aniversário na próxima sexta-feira, 7 de janeiro.

Em abril, mais dois cardeais criados pelo papa Francisco deixarão o eleitorado. No dia 7 o cardeal Gualtiero Bassetti, arcebispo de Perugia-Città della Pieve e presidente da Conferência Episcopal Italiana, faz 80 anos, e, no dia 13, o cardeal espanhol Ricardo Blazquez Perez, arcebispo de Valladolid.

No dia 6 de junho será a vez do arcebispo emérito da Cidade do México, Norberto Rivera Carrera, nomeado cardeal por são João Paulo II em 1998.

Em setembro, o cardeal Gregorio Rosa Chavez, bispo auxiliar de San Salvador, que recebeu o barrete vermelho do papa Francisco em 2017, faz 80 anos no dia 3, e, no dia 22, o cardeal Ruben Salazar Gomez, colombiano, arcebispo emérito de Bogotá, criado por Bento XVI no consistório de novembro de 2012.

No dia 1º de outubro o cardeal Giuseppe Bertello, ex-governador da Cidade do Vaticano, fará 80 anos e no dia 18 do mesmo mês o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, perderá o direito de voto no conclave. Ele foi criado cardeal por Bento XVI em 2010.

No dia 7 de novembro será o 80º aniversário de outro cardeal criado por Bento XVI: Andrè Vingt-Trois, arcebispo emérito de Paris.

O último a completar 80 anos em 2022 será um dos homens mais próximos e ouvidos pelo papa Francisco: o cardeal hondurenho Oscar Andrés Rodriguez Maradiaga, arcebispo de Tegugicalpa, que recebeu a púrpura de João Paulo II em fevereiro de 2001.

A Europa tem atualmente 52 cardeais eleitores, que cairão para 47 no final de 2022. Três italianos, um espanhol e um francês perderão o direito de voto. As Américas contam com 36 votantes no colégio cardinalício, mas ao longo do ano o número cairá para 31, chegando aos 80 anos de idade um chileno, um mexicano, um salvadorenho, um colombiano e um hondurenho. Ásia, com 15 eleitores, África, com 14, e Oceania, cm três, não terão nenhum cardeal octogenário em 2022. A África perdeu em 2021 três cardeais eleitores. Os cardeais Gabriel Zubeir Wako, do Sudão do Sul, Wilfrid Napier, da África do Sul, e Maurice Evenor Piat, das Ilhas Maurício, chegaram aos 80 anos.

Dos atuais 120 cardeais eleitores, 12 foram criados por são João Paulo II, 38 por Bento XVI e 70 por Francisco. Ao final deste ano serão respectivamente dez, 34 e 66.

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