Agentes governamentais da China detiveram nessa quarta-feira pela oitava vez em dois anos ao ancião Bispo da Igreja Católica “clandestina”, Dom Julius Jia Zhiguo, na cidade do Zhengding, no norte do país.
A detenção do prelado de 70 anos pelas forças de segurança chinesas foi denunciada pela Fundação Cardeal Kung, um grupo observador americano que defende os direitos da Igreja fiel ao Papa e ao Vaticano. A organização informou que o motivo argumentado pelos agentes era “uma sessão de estudo".
Segundo um comunicado da Fundação, no dia anterior a Polícia também deteve outros dois religiosos da diocese de Dom Jia, os sacerdotes Li Suchuan e Yang Ermeng. Os dois presbíteros foram levados ao Escritório de Segurança Pública em Jinzhou, na província central de Hebei, na terça-feira; e depois não se teve notícia delas, informa a nota.
Dom Jia foi detido reiteradamente por negar-se a pertencer à Associação Patriótica Católica monitorada  pelo Partido Comunista Chinês. Esta é a Igreja “oficial”, que além disso rechaça a autoridade do Vaticano sobre questões como a nomeação dos bispos.
A Associação Patriótica assegura contar com quatro milhões de membros. A Fundação Cardeal Kung assegura, por sua parte, que o número não oficial de chineses leais à Santa Sé chega aos 12 milhões.
As anteriores detenções de Dom Jia aconteceram em março e julho passados.