O papa Francisco e a Conferência dos Bispos Católicos da África do Sul (SACBC) enviaram suas condolências pela morte do arcebispo anglicano e líder anti-apartheid, Desmond Tutu.

O arcebispo Tutu, que lutou pelo fim da segregação racial na África do Sul, morreu em 26 de dezembro na Cidade do Cabo, aos 90 anos.

“O Papa Francisco ficou triste ao saber da morte do Arcebispo Desmond Tutu e oferece as sinceras condolências à sua família e entes queridos”, diz nota assinada pelo Secretário de Estado da Santa Sé, Pietro cardeal Parolin.

“Ciente de seu serviço ao Evangelho através da promoção da igualdade racial e da reconciliação em sua África do Sul natal, Sua Santidade encomenda sua alma à misericórdia de Deus Todo-Poderoso”, diz o Cardeal Parolin. “Sobre todos os que choram seu falecimento na esperança certa e segura da ressurreição, o papa Francisco invoca as bênçãos divinas da paz e da consolação no Senhor Jesus”.

A SACBC enviou uma “mensagem fraterna de condolências à sra. Leah Tutu, à família e à Igreja Anglicana pela morte do falecido arcebispo emérito da Cidade do Cabo, Desmond Mpilo Tutu”.

O arcebispo, afirma organização, “será lembrado por sua imensa contribuição espiritual para a libertação e a democracia na África do Sul, razão pela qual recebeu o Prêmio Nobel da Paz.”

O arcebispo Tutu, contemporâneo do pirncipal líder negro da África do Sul, Nelson Mandela, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1984 por seus esforços para acabar com o apartheid na África do Sul.

Em 1995, Mandela, então primeiro presidente negro da África do Sul, nomeou o arcebispo Tutu presidente da Comissão de Verdade e Reconciliação, responsável por reunir evidências de crimes da era do apartheid.

O proeminente arcebispo anglicano aposentou-se da vida pública em 2010.

“Enquanto a Igreja Católica na África do Sul continua a lembrar o nascimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”, diz a nota, a SACBC “deseja à alma do Arcebispo Tutu um descanso pacífico pela misericórdia do mesmo Jesus Cristo.”

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