Os líderes cristãos em Jerusalém pedem um "diálogo urgente" com as autoridades para discutir mais proteções para os cristãos na Terra Santa.

“Em toda a Terra Santa, os cristãos se tornaram o alvo de ataques frequentes e sustentados por grupos radicais periféricos”, diz uma declaração de 13 de dezembro assinada pelos patriarcas e chefes de igrejas em Jerusalém.

Na última década, ocorreram inúmeros ataques verbais e físicos contra o clero cristão e atos de vandalismo contra igrejas e locais sagrados, disseram os líderes.

"Essas táticas estão sendo usadas por grupos radicais em uma tentativa sistemática de expulsar a comunidade cristã de Jerusalém e de outras partes da Terra Santa", disseram eles, acrescentando que grupos radicais também estão comprando propriedades no bairro cristão da cidade velha de Jerusalém, na tentativa de diminuir a presença cristã na cidade.

Os líderes sugeriram a criação de uma zona especial de cultura e herança cristã dentro do bairro cristão.

Esta zona “iria proteger a integridade do bairro cristão na cidade velha de Jerusalém e (...) garantiria que o seu caráter e patrimônio únicos fossem preservados em vistas ao bem-estar da comunidade local, da nossa vida nacional e do mundo em geral”, disseram os líderes.

Embora os líderes tenham elogiado o compromisso declarado de Israel de proteger os cristãos na Terra Santa, eles dizem que Israel, Palestina e Jordânia devem fazer mais “para preservar a comunidade cristã como parte integrante da comunidade local".

É um “motivo de grande preocupação quando este compromisso nacional [de proteger os cristãos na Terra Santa] é traído pelo fracasso dos políticos locais, oficiais e agências de aplicação da lei locais em impedir as atividades de grupos radicais que com frequência intimidam os cristãos locais, atacam os padres e clérigos, e profanam locais sagrados e propriedades da Igreja”, disseram.

A peregrinação cristã é um direito, disseram os líderes, mas também há interesse econômico em proteger os cristãos na Terra Santa.

Um relatório recente sugeriu que as peregrinações cristãs e o turismo contribuem com cerca de US$ 3 bilhões anuais só para a economia israelense.

“A comunidade cristã local, embora pequena em número e diminuindo, oferece uma quantidade desproporcional de serviços educacionais, de saúde e humanitários em Israel, Palestina e Jordânia”, disseram os líderes.

Eles esperam que os governos na Terra Santa devem trabalhem para "garantir que nenhum cidadão ou instituição viva sob a ameaça de violência ou intimidação".

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