Neste Natal, a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) irá presentear crianças da Síria e do Líbano com roupas novas. Cerca de 45 mil crianças carentes serão beneficiadas nos dois países, para enfrentar o frio do inverno. Segundo a ACN, o preço médio desse presente é de RS$ 80 e para viabilizá-lo, foi lançada a campanha “Roupas para as crianças no Natal”.

“É um gesto que queremos levar a essas crianças, mostrando que elas não são diferentes das outras crianças”, disse irmã Annie Demerjian, das Irmãs de Jesus e de Maria, que está organizando a campanha junto com ACN na Síria. No país, 30 mil crianças pobres em Damasco, Alepo, Homs e outras localidades receberão o presente.

As roupas foram encomendadas em 40 alfaiatarias, principalmente em Alepo. Segundo irmã Demerjian, esta iniciativa já é um presente de Natal para as pessoas que lá trabalham na alfaiataria, porque, graças a essa encomenda, poderão alimentar suas famílias.

No Líbano, 15 mil crianças carentes ganharão uma calça e uma camisa, que serão entregues em uma pequena comemoração em suas paróquias.

ACN disse que, nesses países, “depois de tantos anos de guerra, o povo está perdendo a esperança”.  As pessoas passam horas em uma fila para conseguir alimento, água, óleo para aquecimento de suas casas. Muitas famílias contam com renda média mensal em torno de 190 reais. “Eu vendi meus cabelos por alguns litros de óleo para o aquecimento da casa e por algumas peças de roupa para as crianças”, disse uma mãe de três filhos, que está com o marido doente.

A fundação pontifícia também está realizando a campanha “Natal dos Refugiados”, para dar apoio a famílias deslocadas em Moçambique, Nigéria, Burkina Faso, Jordânia, Líbano e Síria.

Segundo a ACN, atualmente, há 82 milhões de pessoas no mundo que foram obrigadas a abandonar seus lares. A fundação recorda que, quanto começou o ano de 2021, segundo dados do ACNUR (agência da ONU para refugiados), o número de pessoas deslocadas à força devido às perseguições, conflitos, violência e violações dos direitos humanos era o maior já registrado. A África viu o maior aumento de deslocados internos e a Síria ainda é o país onde o maior número de pessoas foram forçadas a fugir.

 “Quando Jesus nasceu, as portas estavam fechadas para acolher a Sagrada Família. Hoje, assim como naquela época, milhões de cristãos no mundo inteiro não poderão celebrar o Natal porque foram expulsos de suas casas, são perseguidos e não encontram portas abertas que os possam acolher”, diz ACN.

Por isso, com a campanha de Natal, a fundação pontifícia busca “socorrer essas pessoas refugiadas/deslocadas de seus países a não perderam a esperança e a bênção do Natal”.

Para ajudar na campanha “Roupas para as crianças no Natal”, acesse AQUI.

Para ajudar na campanha “Natal dos Refugiados”, acesse AQUI.

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