Um projeto de lei que declara o badalar dos sinos das igrejas de Guarapari (ES) patrimônio cultural imaterial do município está em debate na câmara dos vereadores. A vereadora Rosana Pinheiro (Cidadania) apresentou o projeto na terça-feira, 23 de novembro, depois que um morador acionou o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) por causa do sino da paróquia Nossa Senhora da Conceição, no centro da cidade.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) já reconheceu como patrimônio cultural os toques dos sinos em Minas Gerais, tendo como referência as cidades de São João del-Rei, Ouro Preto, Mariana, Catas Altas, Congonhas do Campo, Diamantina, Sabará, Serro e Tiradentes.

Segundo a arquidiocese de Vitória (ES), um morador do centro de Guarapari fez a denúncia junto ao Ministério Público do Espírito Santo sobre o badalar das 6h do sino da paróquia Nossa Senhora da Conceição. Agora, “o procedimento está em tramitação até que o MP obtenha as informações necessárias para responder ao noticiante”.

Os sinos da igreja Nossa Senhora da Conceição tocam cinco vezes por dia, às 6h, 9h, 12h, 15h e 18h. O pároco, padre Diego Carvalho, afirmou que o badalar dos sinos tem duração de um minuto.

 “Há décadas os sinos da paróquia são badalados, no Centro de Guarapari, de forma a valorizar a história da cidade e a fé da população”, disse a vereadora.

O projeto de lei nº 254/2021 considera como patrimônio cultural imaterial as manifestações religiosas, os festejos, as tradições cristãs, as celebrações e as procissões dos devotos dos padroeiros de Guarapari (São Pedro e Nossa Senhora da Conceição), o badalar dos sinos das igrejas, os festejos da Quaresma, da Páscoa e do Natal e os demais eventos das igrejas e comunidades eclesiais de base.

A vereadora Rosana Pinheiro diz que seu interesse, com este projeto, é preservar os “ritos religiosos” e a “liberdade das manifestações cristãs” da população local. “Nosso objetivo é garantir que os sinos sejam badalados em todas as igrejas de Guarapari”, declarou.

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