A arquidiocese de Belo Horizonte (MG) afastou na quinta-feira, 18 de novembro, padre Bernardino Batista dos Santos, após receber denúncias de abusos sexuais cometidos contra crianças há 22 anos. Os casos teriam acontecido quando ele atuava na igreja de Santa Luzia, na capital mineira. Segundo as vítimas, elas tinham cerca de oito anos na época dos abusos.

Em um comunicado publicado ontem, a arquidiocese informou que o sacerdote “foi removido das atividades inerentes ao seu ofício pastoral”. Atualmente, padre Bernardino, de 73 anos, era pároco na paróquia Cristo Rei, em Contagem (MG).

A arquidiocese afirmou que, “desde a semana passada, a Comissão Arquidiocesana para a Proteção de Crianças, Adolescentes e Vulneráveis” está atuando no caso. “Diante da denúncia, imediatamente, iniciou trabalho que busca ouvir as autoras desses relatos, um processo de apuração interno que deve caminhar paralelamente, e em colaboração, com o trabalho de instâncias judiciais”. Os trabalhos correm em sigilo, “para preservar cada pessoa envolvida”.

“Por norma canônica de cautela, e enquanto ocorrem as apurações, o padre deixa de exercer seu Ofício Pastoral, até que sejam concluídos os trabalhos da Comissão Arquidiocesana para a proteção de Crianças, Adolescentes e Vulneráveis e das instâncias competentes no caso”, concluiu o comunicado.

A advogada das vítimas, Ana Carolina Campos Oliveira, disse ao site da rádio Itatiaia que foi procurada na semana passada por uma das vítimas e, desde então, “inúmeras vítimas começaram” a procurá-la. Segundo a advogada, a maioria das vítimas “tinha entre sete e oito anos. Existem fatos muito antigos, que iniciaram na década de 80, e existem fatos recentes”.

A Polícia Civil também recebeu denúncia e a investigação está sob sigilo.

Confira também: