O julgamento do cardeal Angelo Becciu, acusado, com outras nove pessoas, de causar prejuízo de milhões de euros da Santa Sé em um investimento imobiliário de luxo em Londres, recomeçou ontem com a escuta da gravação do interrogatório feito pelo promotor de justiça a monsenhor Alberto Perlasca, que foi diretor do escritório administrativo da Secretaria de Estado durante 12 anos e subordinado a Becciu. Embora tenha sido a terceira sessão do julgamento, o processo teve que ser reiniciado a pedido da defesa dos réus por causa de erros nas diligências anteriores.

Mesmo assim, houve novos pedidos de invalidar o processo. Os advogados dos acusados continuam exigindo a nulidade do processo devido às muitas irregularidades. O promotor de Justiça defende a legitimidade do processo, embora parte das investigações devam ser refeitas.

“Sabe-se lá quando começará o julgamento”, disse o presidente do Tribunal, Giuseppe Pignatone. O Tribunal decide em 1 de dezembro se invalida ou não o processo. A situação é tão incerta que, dos dez réus, apenas seis ainda estão em julgamento. Os outros, incluindo o cardeal Becciu, aguardam uma nova convocação.

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