Diante da possibilidade de que nos próximos dias a Corte Constitucional da Colômbia descriminalize ainda mais o aborto, grupos pró-vida se mobilizam para pedir ao tribunal superior que aposte pela vida e defenda os nascituros.

Atualmente na Corte Constitucional há duas ações judiciais sobre o aborto. Uma delas pede que se eliminem as causas para que o aborto seja livre durante toda a gravidez.

A vice-presidente de Médicos pela Vida Colômbia, Gloria Amparo Portilla Camacho, disse a ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que estas atividades dos grupos pró-vida mostram “os esforços de um povo que envia uma mensagem à Corte Constitucional da Colômbia” e à sociedade.

Uma mensagem “sobre a importância de buscar a proteção da vida humana, neste caso a vida nascente diante de qualquer ameaça, enquanto se aguarda a decisão judicial e o convite a que escute o clamor de um povo que não admite o atentado contra os mais vulneráveis e inocentes por meio de leis de aborto”, acrescentou.

Portilla destacou que é um apelo à comunidade “a olhar para o Céu e pedir que nos acompanhem na oração pela conversão do povo colombiano, dos magistrados da corte constitucional e que vença a proteção destes inocentes que neste momento estão ameaçados de morte".

Uma dessas iniciativas foi a Grande Marcha Nacional em defesa do nascituro, que em sua passagem pelas ruas da Colômbia reuniu, segundo Portilla, mais de 50 mil pessoas que pediram respeito pela vida humana.

Os organizadores da marcha disseram que esta iniciativa visa que os “magistrados da Corte Constitucional se distanciem de qualquer iniciativa que seja contra a constituição e, portanto, o povo colombiano”.

Além disso, pediram que "o congresso comece a estudar a eliminação das três causas de aborto que a Corte Constitucional permitiu na sentença C-355 de 2006".

Em 2006, a Corte Constitucional decidiu que o aborto continua sendo crime na Colômbia, mas o descriminalizou para casos de estupro, malformação do nascituro ou perigo para a vida da mãe.

No entanto, em outubro de 2019, o coletivo feminista Causa Justa apresentou a demanda que pede a legalização do aborto sem os fundamentos que atualmente são exigidos, e que esse crime seja eliminado do Código Penal. A decisão pode vir esta semana.

Por fim, a marcha pediu também que a “Corte Constitucional retome o bom caminho de defesa da vida que a jurisprudência, o costume, a legislação e a doutrina sempre defenderam até o aparecimento da decisão inconstitucional C-355 de 2006”.

Os grupos pró-vida também fizeram uma vigília noturna no dia 9 de novembro e nesta quarta-feira, 10, convidaram todos os cidadãos para um “dia nacional de jejum, oração e penitência”, além de um tuitaço com as hashtags #CorteVotaVida #CorteAbortoNo.

Eles também convidaram a população a participar da manifestação em frente à Corte Constitucional que aconteceu hoje, 11 de novembro, para pedir pela defesa da vida humana, especialmente dos mais indefesos.

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