BUDAPESTE, 11 de nov de 2021 às 13:24

A arquidiocese do Paraná, Argentina, expressou seu "total apoio e solidariedade" ao padre Germán Brusa e à comunidade da capela de são Martinho de Lima, agredidos durante uma missa.

No dia 5 de novembro, um grupo de pessoas invadiu a igreja, localizada no bairro Anacleto Medina Sur, e “gerou um episódio de violência que incluiu agressões ao sacerdote, padre Germán Brusa, insultos, tentativas de destruir bens e pessoas, e ameaças à capela”, disse o comunicado da arquidiocese do Paraná.

Segundo a informação, o episódio foi desencadeado pela recuperação de um imóvel de propriedade da arquidiocese "que havia sido invadido há alguns anos e utilizado pelos ocupantes para fins totalmente alheios aos da Igreja".

Mais Lidas

Depois de concluído o processo de despejo com a assinatura de um acordo aprovado pela justiça, “o padre Germán Brusa, junto com um grupo de fiéis da comunidade, se preparou para celebrar a santa missa em agradecimento, ocasião na qual aconteceram os atos lamentáveis de violência protagonizados por pessoas que manifestavam ter direitos sobre a propriedade, mas que nunca recorreram às vias legais correspondentes para fazê-los valer”, disse a arquidiocese.

“A enorme tarefa solidária e beneficente realizada pela capela São Martinho de Lima é conhecida e apreciada pelos moradores do bairro”.

“As agressões sofridas no fim de semana devem nos mover a refletir sobre o respeito que todas as pessoas merecem, especialmente nos ambientes de verdadeira proximidade com aqueles que mais sofrem com a difícil situação socioeconômica atual, e a lembrar que a mensagem evangélica rejeita o uso da violência como forma de convivência entre pessoas e irmãos”, lembrou.

Além disso, a arquidiocese do Paraná afirmou que “longe de ignorar o direito de reclamar que as pessoas podem exercer, independente da legitimidade ou não do que considerem justo, jamais reconhecerá a utilização de formas e meios não pacíficos para exercê-los, ainda menos quando as instituições do Estado de direito estão em funcionamento e em pleno exercício da democracia”.

Confira também: