A polícia de Denver, EUA, anunciou que a pessoa que vandalizou a Catedral Basílica da Imaculada Conceição em 10 de outubro é Madeline Ann Cramer, de 26 anos, uma mulher que apoia o aborto.

Segundo as investigações, Cramer teria pichado as paredes da catedral basílica da Imaculada Conceição, em Denver, Colorado, com spray de tinta vermelho brilhante, escrevendo frases anticatólicas nas paredes do templo.

Fotos distribuídas pelas agências de notícias locais mostram frases como: "Satanás mora aqui", "supremacistas brancos" e "estupradores de crianças, LOL" e suásticas. As frase foram escritas do lado de fora da igreja, nas calçadas e na base de uma estátua de são João Paulo II.

Paroquianos e outros voluntários limparam a igreja. Pouco depois do incidente, o padre Sam Morehead, reitor da catedral, disse em 11 de outubro à CNA, agência em inglês do grupo ACI, que conseguiram limpar as portas principais do templo com máquina de pressão.

O padre Morehead disse que a agressora parecia ter algumas "profundas feridas e ressentimentos pessoais" contra Deus e a Igreja Católica.

O porta-voz da arquidiocese de Denver, Mark Haas, disse em uma declaração à CNA que desde fevereiro de 2020, pelo menos 25 paróquias ou escritórios da Igreja no norte do Colorado foram alvo de vandalismo, destruição de propriedade ou roubo.

“Continua sendo preocupante ver o aumento de relatos de vandalismo nas igrejas católicas, tanto em todo o condado como em nossa arquidiocese, e é certamente lamentável quando nossas paróquias são atacadas simplesmente por nossas crenças”, disse Haas.

“Continuamos rezando pela conversão daqueles que praticam atos de profanação contra nossas igrejas, estátuas e símbolos religiosos”, acrescentou.

Em meados de 2020, a catedral também sofreu danos em meio a protestos raciais no centro de Denver. O templo e a reitoria foram pichados com palavras e frases como: "Pedófilos", "Deus está morto", "Não há Deus", junto com outras frases e símbolos anarquistas, antirreligiosos e contra os policiais.

Em 2 de outubro, Cramer disse em um vídeo que ela foi “criada como católica e batizada [na igreja de] Saint Frances Cabrini em Littleton, Colorado”; mas que "nunca se sentiu bem na Igreja Católica".

A mulher disse que havia visitado recentemente o site de St. Frances Cabrini e que lá "ela viu que [a igreja] está apoiando ativamente o antiaborto em todo o país". Além disso, Cramer denunciou que a Igreja "odeia as mulheres, quer controlar as mulheres, quer silenciar as mulheres".

Ela concluiu o vídeo dizendo: “Então pare e apenas seja honesta. Não está cheia de amor por Deus, pelo bebê, pela mulher. Está cheia de ódio e você sabe disso e nós sabemos disso”.

O diácono Chet Ubowski da igreja de St. Frances Cabrini confirmou a CNA que Cramer é a mulher que no dia 10 de outubro, poucas horas depois de destruir a catedral, se aproximou do altar durante a missa na igreja, e durante sua interação com o celebrante, ela afirmou ser uma satanista.

O diácono Ubowski também disse que "nenhum dos atuais funcionários a conhece” e disse que “perguntamos aos funcionários mais jovens se eles lembravam dela e não se lembram”. “Mas, todos a temos em nossas orações”.

Cramer foi acusada em 2020 de obstruir a polícia e foi condenada a um ano de liberdade condicional e 48 horas de serviço comunitário. Crime Stoppers em Denver está oferecendo US$ 2 mil a qualquer pessoa que forneça informações sobre seu paradeiro ou sobre o ato de vandalismo.

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