Hoje, 8 de outubro, é celebrado o Dia do Nascituro, encerrando a Semana Nacional da Vida, promovida pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e referencial da Pastoral Familiar no Regional Leste 1 da CNBB, dom Antônio Augusto Dias Duarte, recordou que esta data foi criada “para promover em nosso país, especialmente nas nossas dioceses, a cultura da vida”.

Para o bispo, que também é médico, a vida é o dom recebido de Deus “mais inestimável, o mais sagrado que nós temos”. Dom Antônio Augusto recordou ao site da CNBB que São João Paulo II denominou como cultura da morte as articulações e disseminações ideológicas observadas no mundo, que propõem a falsa solução para “os problemas mais graves e as situações mais limites que a humanidade vive” por meio da morte. “Pensam que o sofrimento ou situações difíceis de solução médica só têm uma solução: a morte. E, na verdade, a Igreja tem o papel de cuidar do ser humano, de criar a cultura da vida. E a forma de combater a cultura da morte é promovendo a cultura da vida”, afirmou.

O bispo disse ainda que o aborto tira a vida de um ser humano “inocente, indefeso e que não tem para onde fugir como uma última tentativa de sua legítima defesa”. “Nós nunca podemos considerar o aborto como um direito ou uma realidade que fique escondida atrás de eufemismos, como ‘interrupção voluntária da gravidez’. É um grave atentado contra a vida humana”, declarou.

O assessor da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, padre Crispim Guimarães, afirmou que neste Dia do Nascituro, “somos chamados a visitar nossas consciências sobre o ‘direito de nascer’ da criança, que ainda vive dentro do útero materno e que tem o direito à proteção, à alimentação, a um nascimento sadio, ao respeito de sua vida e saúde e tem também o direito de ser amada”. Segundo o sacerdote, atualmente, as crianças têm suas vidas ameaçadas “por grupos econômicos poderosos e países que, em nome de supostos ‘direitos humanos’, menosprezam a humanidade daqueles que na barriga de suas mães são vidas”.

Em um artigo publicado por ocasião da Semana Nacional da Vida, o bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, dom Fernando Arêas Rifan, afirmou que “diante da atual banalização da vida e de opiniões favoráveis ao aborto, defendido por inúmeras pessoas influentes, é importante lembrar que a Igreja compreende as situações difíceis que levam mães a abortar, mas, por uma questão de princípios, defende com firmeza a vida do nascituro”. Por isso, recordou as palavras de São João Paulo II na Evangelium Vitae, quando afirma que “o aborto direto, isto é, querido como fim ou como meio, constitui sempre uma desordem moral grave, enquanto morte deliberada de um ser humano inocente”.

Como gesto concreto para esta data, a Comissão para a Vida e a Família da CNBB convida as dioceses, paróquias e comunidades em todo o país a acender uma vela, para “propagar a ‘Luz de Cristo’ para que possa iluminar e proteger as vidas vulneráveis e indefesas”. Propõe ainda uma oração do nascituro:

Nós vos louvamos Senhor, Deus da Vida.
Bendito sejais, porque nos criastes por amor.
Vossas mãos nos modelaram desde o ventre materno.

Nós vos agradecemos pelos nossos pais,
e todas as pessoas que cuidam da vida
desde o seu início, até o fim.
Em vós somos, vivemos e existimos.

Abençoai todos e todas que zelam pela vida humana e a promovem.
Abençoai as gestantes e todos os profissionais da saúde.
Dai às pessoas e às famílias o pão de cada dia,
a luz da fé do amor fraterno.

Nossa Senhora Aparecida, intercedei por nossos nascituros,
nossas crianças, nossos jovens, nossos adultos
e nossos idosos, para que tenham vida plena em Jesus,
que ofereceu sua vida em favor de todos.
Amém!

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