O presidente da plataforma Unidos pela Vida, da Colômbia, Jesús Magaña, diz que a Corte Constitucional da Colômbia julga pedido de descriminalizar o aborto durante toda a gravidez.

Magaña disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que, na Corte Constitucional, há duas demandas sobre o aborto. Uma delas pede que “se eliminem as causas para que o aborto a pedido seja permitido desde o instante da fecundação até um instante antes de nascer”.

A demanda foi apresentada por “um grupo chamado Causa Justa, que reúne a Universidade dos Andes, outras universidades e grupos abortistas”, em outubro de 2019.

Magaña explicou que a demanda “fala da ´necessidade` de uma despenalização total do aborto, que desapareçam as causais atuais”. Em 2006, a Corte Constitucional decidiu despenalizar o aborto em casos de estupro, malformação da criança por nascer ou perigo para a vida da mãe.

Jesus Magaña também disse à ACI Prensa que os promotores da demanda alegam que as causas “estão gerando muitos problemas, muitos traumas, quando, na verdade, é o contrário, porque o aborto parece estar liberado”. Como exemplo, Magaña citou o que aconteceu com o bebê Juan Sebastián, ou Juanse, que, em fevereiro de 2020, foi abortado com quase oito meses de gestação, caso que comoveu o país inteiro.

O presidente do Unidos pela Vida explicou que o aborto de Juanse foi realizado por pressão do grupo ProFamilia, que argumentou que esse “aborto encaixava na causalidade de grave risco de saúde para a mãe, especificamente na saúde mental”.

“Creio que depois do aborto, a saúde mental da mãe ficou despedaçada”, afirmou Jesus Magaña. Segundo ele, agora “estes grupos voltam a pressionar e a Corte terá que deliberar no final de outubro ou início de novembro”.

O líder pró-vida disse que três dos nove magistrados da Corte, Antonio José Lizarazo Ocampo, presidente da Corte Constitucional, Alberto Rojas Ríos e Alejandro Linares Cantillo três seriam “a favor da descriminalização total do aborto”.

Magaña disse que, se a Corte decidir a favor da total descriminalização do aborto, ele “seria declarado como uma espécie de direito” e “aqueles que se opõem” ao aborto poderiam ser acusados “de violador de direitos”, “a objeção de consciência seria praticamente eliminada e haveria uma grande difusão do aborto no sistema de educação”.

O líder pró-vida também denunciou que, no dia 28 de setembro, na Praça Bolívar, em Bogotá, alguns líderes pró-vida foram agredidos por abortistas. Na ocasião, a segunda tendência nas redes sociais na Colômbia foi a hashtag #NoQueremosAborto.

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