Um grupo de mulheres que participava de uma manifestação feminista tentou atear fogo na catedral da Cidade do México, no dia 28 de setembro, data que as feministas instituíram como dia internacional do aborto em 1990 no V Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado em San José, na Costa Rica.

Feministas de grupos como Rede Mexicana de Coletivos Feministas, En Voz Alta, Maré Verde México, Rede de Advogadas Violeta e Bruxas Feministas convocaram uma marcha no centro da Cidade do México, que começou às 2h da tarde, hora local. A marcha começou no monumento do Anjo da Independência. Segundo informações da rede de TV ForoTV, as feministas destruíram semáforos, pontos de ônibus, lojas e a porta principal de um hotel. Elas quebraram barreiras de segurança com talhadeiras, martelos e barras de ferro e destruíram o cercado do monumento a Cuauhtémoc, o último imperador azteca.

Ao chegar ao Zócalo, a Praça da Constituição, as feministas foram até as cercas que rodeiam a Catedral. Depois de golpeá-las e lançarem objetos, atearam fogo em diferentes pontos. Também fizeram pichações com as palavras “pedófilos” e “aborto legal”, gritando palavras de ordem contra a Igreja.

Várias feministas tentaram bater nos policiais. Num dos ataques, quando viram que uma policial era mulher, elas gritaram: “covarde” e “quer chorar!”.

No dia 3 de outubro, haverá a marcha pró-vida “A favor da mulher e da vida”, na capital do México e outras cidades. Em conferência de imprensa em 26 de setembro, as líderes e porta-vozes da marcha garantiram que o evento pró-vida será pacífico e tem como objetivo propor um “grande acordo nacional” para a proteção da mulher e da vida de todos os mexicanos, desde o momento da concepção até ao seu fim natural.

A marcha é uma resposta às sentenças judiciais que, nas últimas semanas, abriram as portas à descriminalização do aborto no México, restringindo a proteção da vida desde a concepção e limitando a objeção de consciência dos profissionais de saúde.

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