A partir de hoje e até o dia 31 de outubro, Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Brasília (DF) e Recife (PE) participam de uma vigília de oração e jejum pelo fim do aborto no mundo. Trata-se da campanha internacional 40 Dias pela Vida, uma iniciativa cristã em defesa da dignidade da vida da mãe e do bebê. “Nós precisamos interceder pelas duas vidas e trazer à tona a verdade sobre os males e sequelas deixados pelo aborto em tantas mulheres e em tantas famílias, e também falar do valor e da dignidade de cada vida humana”, Fátima Mattos, coordenadora da campanha na capital fluminense.

Segundo os organizadores, a duração de 40 dias é baseada nos relatos da Bíblia de períodos de provação e purificação. “Temos a frase ‘ore pelo fim do aborto’, que usamos nas placas. E realizamos a vigília pacificamente, orando e fazendo penitência”, disse Fátima Mattos.

A coordenadora da campanha no Rio de Janeiro afirmou ainda que a iniciativa “é apartidária e supra-religiosa”. “Alegra-nos poder reunir na vigília cada vez mais pessoas, de diferentes crenças, mas com um ideal comum: a intransigente defesa da vida, das duas vidas: da mamãe e do bebê. Por isso estaremos novamente unidos a outras centenas de vigílias ao redor do mundo, para orar pelo fim do aborto”.

As vigílias de oração acontecem em locais públicos de cada cidade: em frente a hospitais, casas legislativas ou praças. No Rio de Janeiro, os voluntários estão se reunindo em frente à Assembleia Legislativa (Alerj); em Brasília, a campanha acontece na Praça dos Três Poderes; em Recife, na Praça do Marco Zero; e em São Paulo, em frente ao Hospital Pérola Byington.

Segundo o coordenador da campanha em São Paulo, Ricardo Henrique Gomes, na capital paulista “focamos no Pérola Byington porque é o hospital referência para a prática do aborto conforme a lei no país”. No Brasil, o aborto é crime e não é punível apenas em três situações: gravidez decorrente de estupro, risco para a vida da mãe, e casos de bebê com anencefalia.

“Nosso objetivo é realizar uma campanha pacífica e rezar, a fim de promover um impacto espiritual”, disse. Segundo ele, em edições anteriores, houve casos de mulheres que, em contato com a campanha, buscaram apoio e desistiram do aborto. “Nós, então, temos que dar um direcionamento para órgãos competentes, associações de apoio psicológico, social. Nós queremos salvar as duas vidas”, afirmou.

Em São Paulo, a campanha já aconteceu anteriormente nos anos de 2016 e 2019. Para o coordenador local de comunicação de 40 Dias pela Vida, Bruno Mariani, é uma alegria retomar a iniciativa na cidade, “onde podemos estar mais próximos das gestantes e ampará-las em um momento de crise, em que muitas vezes são persuadidas à falsa solução do aborto”. “Ali estaremos em oração por elas e por seus bebês, para lembrá-las de que elas não estão sozinhas e de que as duas vidas têm valor”, declarou.

A campanha no mundo

A campanha 40 Dias pela Vida surgiu como uma iniciativa coordenada de oração pelo fim do aborto no Texas, Estados Unidos, em 2007. A cada ano ocorrem duas edições: uma no período da quaresma e outra no início da primavera, nas mesmas datas em todo o mundo.

O presidente de 40 Dias pela Vida, Shawn Carney, informou que a campanha “segue gerando resultados positivos em todo o mundo. Durante as 28 campanhas coordenadas internacionalmente, já participaram mais de mil comunidades, reunindo esforços de mais de 1 milhão de voluntários de fé, que impactaram a sua realidade local”.

Segundo Carney, “mais de 110 centros de aborto” foram fechados e “mais de 19 mil bebês e mamães poupados da tragédia do aborto”. “Seguimos reunindo igrejas de diferentes denominações para trabalhar pelo fim do aborto localmente e no mundo e para atender, em programas de cura a muitas mulheres que passaram pela dolorosa experiência do aborto”, disse.

Para pessoas que não podem participar presencialmente de 40 Dias pela Vida, a coordenadora da campanha no Rio de Janeiro, Fátima Mattos, pediu que “rezem por esta causa, o fim do aborto no mundo”. Para ela, “a oração é tudo e, com o pouco que nós fazemos, Deus faz muito mais”.

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