O papa Francisco falou das três ocasiões em que saiu do Vaticano sem aviso prévio, na entrevista concedida à rádio Cope, da conferência episcopal espanhola.

“Que eu lembre, foram três: um meio convento das teresianas, onde eu quis visitar a professora Mara, já com 90 anos, uma grande mulher que ensinou na Universidade da Sapienza e depois no Agostiniano. E eu quis celebrar a missa”, explicou ele durante a entrevista à rádio Cope.

“Depois, foi para dar as condolências, provavelmente ao meu melhor amigo, um jornalista italiano. Fui à casa dele. E a terceira casa que eu visitei foi a da Edith Bruck, uma senhora, ela fez 90 anos agora, que esteve no campo de concentração. Ela é húngara, judia. Isso foi no início deste ano, ou no ano passado, não me lembro bem”, explicou.

“São as únicas três casas onde eu fui escondido, e depois se soube. Eu adoraria andar pela rua, adoraria, mas tenho que evitar porque não poderia caminhar dez metros”, disse ele na entrevista ao jornalista Carlos Herrera, que lhe perguntou se “havia realizado alguma fuga que até agora ninguém tivesse sabido”. “Adoraria andar pela rua” e poder ir caminhando “de uma paróquia a outra”.

Francisco disse que são João Paulo II escapava para esquiar em um centro de esqui perto de Roma. “Ele tinha isso na alma. E fazia bem em fugir. Ele ia escondido. Mas um dia, enquanto ele estava na fila para subir, um garoto lhe disse: ´O papa!`. Não sei como ele descobriu. E voltou logo em seguida, e procurou tomar mais precauções”.

Confira também: