O papa Francisco confirmou que, nos próximos meses, viajará a Chipre, Grécia e Malta, e não descartou uma visita a Santiago de Compostela por ocasião do Ano Santo Jacobeu que será celebrado até 2022.

Em entrevista concedida à rádio COPE, emissora da Conferência Episcopal Espanhola, Francisco falou sobre sua próxima visita aos países do Mediterrâneo, que acontecerá após a viagem à Hungria e à Eslováquia, nos dias 12 a 15 de setembro.

Também está prevista uma viagem do papa a Glasgow, na Escócia, onde participará da COP-26, a Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, entre os dias 1 e 12 de novembro.

“Sim, em princípio está programada a minha ida. Vai depender de como eu esteja me sentindo no momento. Mas, de fato, meu discurso já está sendo preparado e, segundo o programa, estarei lá”, disse Francisco.

Francisco anunciou que visitará posteriormente Chipre, Grécia e Malta, ainda antes do final de 2021.

“Quis fazer essa opção: primeiro, aos países mais pequenos. Fui a Estrasburgo, mas não fui à França. Fui a Estrasburgo pela União Europeia, mas não fui à França”, disse ele.

Em relação a uma possível visita à Espanha por ocasião do Ano Jacobeu, que é celebrado na arquidiocese de Santiago de Compostela, o papa disse ter prometido ponderar sobre ela em diálogo com Alberto Núñez Feijoó, presidente da Junta da Galícia, governo regional da comunidade autônoma espanhola onde fica Santiago de Compostela.

“Prometi ao presidente da Junta da Galícia que ia pensar sobre o assunto. Ou seja, não tirei isso de uma eventual agenda”, disse o papa, frisando que, “se vou à Santiago, vou à Santiago, mas não à Espanha. Que fique claro”.

“Ao Caminho da Europa. Uma Europa. Mas isso ainda está por ser decidido”, disse na entrevista concedida ao programa “Herrera en Cope”, da rádio Cope.

Nesse sentido, Francisco falou sobre a importância do Caminho de Santiago na construção da identidade europeia: “Para mim, a unidade da Europa é um desafio neste momento. Ou a Europa continua aperfeiçoando e melhorando na União Europeia, ou irá se desintegrar. A União Europeia é uma visão de grandes homens, Schumann, Adenauer, que a vislumbraram. Acho que eu fiz seis discursos sobre a unidade da Europa”.

“Não podemos voltar atrás” para manter essa unidade na Europa, que qualificou como “um legado e uma tarefa”.

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