O presidente dos EUA, Joe Biden, nomeou embaixador na Suíça Scott Miller, um dos líderes da Fundação Gill, que financia grupos que causaram divisão em denominações cristãs e ameaçam a liberdade religiosa no país. Miller vive em uma união homossexual com Tim Gill, que disse, depois da eleição de 2016, que o movimento que lidera iria agir em Estados conservadores para “punir os malvados”. Miller é codiretor da fundação. Gill ficou rico na indústria de sofware e já doou mais de US$ 500 milhões à militância homossexual, segundo a imprensa americana.

John Lomperis, diretor metodista do Instituto de Religião e Democracia, disse à CNA, agência em inglês do grupo ACI, que a Fundação Gill “mostrou uma hostilidade radical à proteção dos que moralmente não aprovam as uniões do mesmo sexo. Isso é fundamentalmente totalitário.”

“A oposição da Fundação Gill às proteções da liberdade religiosa e à liberdade de consciência representam o extremo oposto das maiores tradições e dos mais altos ideais de liberdade e tolerância da América, não importa atrás de quantos slogans enganosos eles se escondam,” disse Lomperis.

“Espera-se que embaixadores representem o melhor da América, e não hostilidade aos valores da fé, família e liberdade que tornaram a América grande,” disse Lomperis sobre a nomeação de Miller.

O governo Biden anunciou a nomeação de Miller dizendo que ele é “um ativista dos direitos LGBTQ e um filantropo”.

Lomperis se disse preocupado com “a falta de ética e integridade no modo como alguns doadores liberais e aparentemente seculares solaparam de fora denominações protestantes americanas, essencialmente pagando ativistas para separar essas igrejas de seus próprios padrões doutrinais históricos oficiais, para servir a bens menores de agendas políticas seculares.”

“Uma denominação protestante atrás da outra nos EUA foi oficialmente tomada pelo movimento liberacionista LGBTQ não-cristão, que mostrou uma disposição cruel em conseguir o que quer não importam quantas pessoas e quantas instituições valiosas eles assediam e ferem no caminho”, disse Lomperis.

O anúncio da Casa Branca da nomeação de Miller descreveu Miller e Gill como “os maiores contribuintes à igualdade LGBTQ na história, tendo doado centenas de milhões de dólares para a causa.”

Numa conferência de doadores para a causa LGBT em 2015, Miller apresentou o então vice-presidente Joe Biden, que participava como palestrante, e se tornara o primeiro vice-presidente a declarar apoio ao reconhecimento legal das uniões homossexuais, como “um verdadeiro amigo e aliado, um agente de mudança para a comunidade LGBT.”  

O anúncio da nomeação de Miller ressaltou seu papel de direção “na estratégia nacional de doações para o avanço da igualdade LGBTQ”, citando suas campanhas para “acabar com a discriminação contra americanos LGBTQ” e para “proibir terapias de conversão”. Essa proibição afeta aconselhamento legítimo a pessoas que lutam contra a atração pelo mesmo sexo que sentem. A lei anti-discriminação que fez da identidade LGBT uma classe protegida é uma armadilha para cristãos e outros com objeções a relacionamentos do mesmo sexo, incluindo pessoas que trabalham para a indústria dos casamentos como confeiteiros e floristas. No Colorado, onde fica a sede da Fundação Gill, o confeiteiro Jack Phillips se viu envolvido numa série de disputas jurídicas por se recusar a fazer bolos para celebrações de uniões homossexuais ou transições de gênero. Leis semelhantes forçaram agências de adoção católicas a fechar porque elas não punham crianças sob cuidados de uniões homossexuais.

A CNA procurou Miller e a Casa Branca, que não quiseram comentar. A Fundação Gill disse à CNA que não está envolvida nas atividades pessoais e políticas dos membros de sua direção.

A Suíça, onde Miller será embaixador se aprovado pelo Senado, se prepara para um referendo sobre a legalização de uniões homossexuais. Em dezembro do ano passado os bispos católicos do país criticaram a possível aprovação da medida.

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